O problema dos meninos correndo…

Com a morte do piloto Dean Berta Vinales, de apenas 15 anos, o mundo dos GPs parou para pensar com mais força sobre como minimizar estas ocorrências. Isso porque este ano foram já 3 mortes, após Hugo Millan de apenas 14 e Jason Dupasquier, com 19.

Digo minimizar porque acabar totalmente com isso é muito difícil. Difícil também é dizer o que é “aceitável”. O ideal seria que simplesmente isso não acontecesse. A pergunta é: “Porque  aconteceu?”.  Vou tentar listar algumas opções abaixo.

1 – A quantidade de corridas é maior. Temos mais campeonatos acontecendo no mundo, mais categorias. Tem corrida de nível mundial ou nacional todo fim de semana em algum autódromo do mundo, e é claro que os riscos de um acidente aumentam na mesma proporção.

2 – Os grids estão muito grandes, grids com 40 motos, para dar vaga para todos que querem e podem correr. Mais pilotos na pista, mais chances.

3 – A DORNA e outros tem sido acusadas de olhar mais para o show do que para as corridas. Várias foram as intromissões nos regulamentos para fazer com que as motos andem juntas, onde o vencedor é imprevisível. Isso é bom para o show, mas faz com que as motos andem juntas o tempo todo, o maior perigo.

Vejam que cair de moto não mata ninguém. Vc cai a 300 por hora, vai arrastando o couro no chão até parar, levanta e sai andando. O que mata nos acidentes de moto, são as batidas. Quem está caindo não pode bater em nada. Nas ruas, estradas e nas pistas. Porém, com os pilotos todos embolados, caiu um, ele é imediatamente atropelado.

4 – Motos pouco potentes em algumas categorias. Em categorias menores, com as motos menos potentes, é mão no fundo o tempo todo, ninguém consegue descolar.

5 – Pistas muito grandes para as pequenas categorias. Correndo em pistas preparadas para as grande cilindradas, as pistas ficam muito grandes para as pequenas motos, o que permite para elas andar de mão no fundo o tempo todo, emboladas, justamente o que está matando, o acidente no bolo.

Dito isto, e mais outras que não lembro, começam a aparecer as idéias para tentar resolver. Tudo tem prós e contras, não são decisões fáceis. Diminuir o grid, largando menos pilotos, fazer as categorias menores correrem em outras pistas, aumentar o nível de idade para que pilotos possam correr no mundial, mais equipamentos de segurança nas motos, construí-las de maneira a não se tornarem armas, obrigatoriedade de macacão com airbag mesmo para as categorias menores. Esta é interessante, volta dos motores 2T, que são mais potentes e mais difíceis de regular, o que causaria uma moto mais difícil e corridas mais espaçadas. E como fazer isso tudo sem prejudicar o show e os negócios.

E você, o que acha? Comente abaixo e dê a sua solução.

 

Publicitário, Designer, Historiador, Jornalista e Pioneiro na Computação Gráfica. Começou em publicidade na Artplan Publicidade, no estúdio, com apenas 15 anos. Aos 18 foi para a Propeg, já como Chefe de Estúdio e depois, ainda no estúdio, para a Agência da Casa, atual CGCOM, House da TV Globo. Aos 20 anos passou a Direção de Arte do Merchandising da TV Globo onde ficou por 3 anos. Mudando de atuação mais uma vez, do Merchandising passou a Computação Gráfica, como Animador da Globo Computação Gráfica, depois Globograph. Fundou então a Intervalo Produções, que cresceu até tornar-se uma das maiores produtoras de Computação Gráfica do país. Foi criador, sócio e Diretor de Tecnologia da D+,depois D+W, agência de publicidade que marcou uma época no mercado carioca e também sócio de um dos primeiros provedores de internet da cidade, a Easynet. Durante sua carreira recebeu vários prêmios nacionais, regionais e também foi finalista no prestigiado London Festival. Todos com filmes de animação e efeitos especiais. Como convidado, proferiu palestas em diversas universidades cariocas e também no 21º Festival da ABP, em 1999. Em 2000 fundou a Imagina Produções (www.imagina.com.br), onde é Diretor de Animações, Filmes e Efeitos até hoje. Foi Campeão Carioca de Judô aos 15 anos, Piloto de Motocross e Superbike, mantém até hoje a paixão pelo motociclismo, seja ele off-road, motovelocidade e "até" Harley-Davidson, onde é membro fundador do Museu HD em Milwaukee. É Presidente do ForzaRio Desmo Owners Club (www.forzario.com.br) e criou o site Motozoo®, www.motozoo.com.br, onde escreve sobre motociclismo. Como historiador, escreve em https://olhandoacidade.imagina.com.br. Maiores informações em: https://bio.site/mariobarreto

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