Meu amigo ducatista Guilherme Escalhão escreveu para o Motozoo®, a meu pedido, contando como foi a viagem com seu grupo até Capitólio, em Minas. Um destino bacana, sempre quis conhecer.
Curtam aí e quando fizerem viagens legais, mandem para o Motozoo® também. Mário.
Viagem para Capitólio-MG
Em 2016, eu e um amigo tentávamos organizar uma viagem ao Atacama, que acabamos fazendo através de um pacote da Triumph. Mostrou-se mais sensato e econômico inclusive. Na viagem, mostrando que nunca é tarde para fazer novos amigos, conhecemos pessoas afinadas com nosso estilo e formamos um Grupo para viagens de moto, que conta com seis pilotos, dois do Rio, dois de SP e eu e mais um de Vassouras. Desde então, temos realizado duas viagens por ano, uma curta de final de semana e uma longa, de uma semana.
Em 2017 e 2018, exploramos bastante o Sul do Brasil e também Minas Gerais nas viagens curtas.
Esse ano precisávamos variar um pouco e escolhemos Capitóilio (MG quase SP) num roteiro de 1500 km ida e volta. Para facilitar o encontro com quem vinha de SP optamos por subir a Mantiqueira pela BR 459 a partir de Lorena em direção a Delfim Moreira e Itajubá. Já tinha ouvido falar bem dessa estrada que realmente é muito boa, com asfalto “mesa de bilhar”, sinalização nova e curvas e visuais maravilhosos. É uma ótima opção de subida da Mantiqueira a partir da Dutra e curtimos muito, até porque nao havia tránsito algum.
A partir de Itajubá, a estrada deixa o padrão paulista mas também não fica ruim, e o trecho mineiro até Alfenas ofereceu bom asfalto, curvas abertas e rápidas e poucos caminhões e nemhum radar, o que nos propiciou uma viagem rápida e gostosa através de cafezais com paisagens deslumbramtes, com aquela sensação de “este é o Brasil que funciona”. Para o Norte de Alfenas, a estrada fica mais reta e começa a circundar o enorme lago de Furnas, com um visual mais comum através de pequenas cidades e poucos (atenção) postos de gasolina.
Chegamos a Capitólio numa tarde quente e pelo lado “certo” (Oeste), onde se encontram as atrações. Paramos logo no restaurante do Turvo, que nos foi muito bem recomendado, e descobrimos rapidamente que, além de excelente, é o ponto de organização de passeios pela região, contando com muita infraestrutura e pessoas super atenciosas, dispostas a ajudar. Ficamos logo amigos do Chico e depois de um almoço farto de peixe, combinamos um passeio de lancha para o dia seguinte (o próprio restaurante tem uma frota de 20 lanchas) com direito a estacionamento para as motos e guarda de capacete na própria casa do Chico.
O passeio é o ponto alto da região, cobrindo todas as atrações do Lago de Furnas (cachoeiras, cannions e lugares para mergulhar) ao longo de três horas. É programa que ocupa o dia inteiro, muito profissional e agradável, com paradas inclusive em bares flutuantes. Custa R$ 90 por cabeça.
No mais, visitamos a impressionante Usina de Furnas, com direito a andar de moto em cima da barragem, e rodamos uns bons km pelas paisagens muito bonitas da região. É tudo muito bem organizado e bonito, a região recebe principalmente turistas de São Paulo, e o movimento é grande mas com infraestrutura bem preparada para receber o turismo.
Alugamos uma casa pelo BNB, uma ótima opção para grupos, já que as pousadas da região ou são muito simples ou meio caras. Nada melhor do que chegar dos passeios e fazer um churrasco bem a vontade com muita hidratação de cevada.
Na volta, optamos por pegar a BR 267 a partir de Alfenas, passando por Caxambu e São Lourenço e descendo a Mantiqueira pela variante que passa por Itanhandu/ Passa Quatro e Cruzeiro, para evitar aquela horrorosa descida por Itatiaia. Essa variante, que se pega logo depois de Pouso Alto a direita, é menos movimentada, tem poucos caminhões e a quilomentragem adicional de Dutra para o Rio (bate em Cruzeiro e não em Itatiaia) vale muito a pena.
No final, já em S.J. do Meririti, minha moto deu uma pane elétrica mas nada que atrapalhe o que foi mais uma vigem maravilhosa para guardar pra sempre na memória. Afinal, Bom Humor e Parceria, Sempre!
Guilherme Escalhão