DEMI-BOMBÉ

Pois é, Misano não foi o marasmo da Áustria nem a bela corrida de Barcelona. Prendeu a atenção, mas disputa pra valer… ficou devendo!

De qualquer maneira, Misano é um lugar especial. Valentino é o rei do pedaço e ganhou até a chave da cidade. A equipe oficial da Ducati e a Gresini sempre se apresentam com pinturas especiais, e vários pilotos italianos trazem um novo capacete. Bez veio de “simply the Bezt”, mas quem fez barba, cabelo e bigode foi o Martinator.

Tive esperanças no Viñales, que adora o circuito, mas ele sumiu nas corridas, assim como o Aleix. Também me empolguei com o Pedrosa, sempre preciso em suas linhas perfeitas, mas ele fez dois quartos quando poderia ter forçado um pouquinho pra pegar uma medalha ou troféu. Sendo o sujeito ético que é, não quis correr o risco de interferir no campeonato. Todo mundo aplaudiu e os outros pilotos KTM tiveram uma aula. Binder, que é o oposto do Pedrosa, parece piloto de drifting, deu alguma emoção à corrida de sábado. Bagnaia teve sorte por contar com o “colchão Pedrosa” atras de si, porque o sul-africano ia cair matando.

No domingo Pedrosa deixou o Binder passar porque não estava confortavel com o pneu traseiro, mas o BB33 se empolgou demais, caiu, foi lá pra trás, e ainda chegou na frente do Morbidelli. O pequeno samurai acabou recebendo a cartinha de advertencia da pressâo dos pneus. Se foi uma tentativa malandra da KTM, o tiro saiu pela culatra pois a moto estava melhor na Sprint.

Miller anda sumido e acabou se encontrando com o Pirro, que dá umas 7000 voltas por ano naquela pista. A questão é que é totalmente diferente rodar sozinho do que disputando o asfalto com outros 21. Bradl, que correu com o protótipo 2024 da Honda, chegou quase 22s atrás do Marquez. Os japoneses não compartilharam a telemetria do protótipo com os outros pilotos, mas nos testes desta segunda-feira tanto Mir quando MM se mostraram desapontados. O fato é que não testaram um motor novo e todo mundo no paddock afirma que o motor é responsavel por 80% do grip. Hoje o octacampeão disse que vai decidir o seu futuro depois da prova do Japão. Também confessou que dá corda aos boatos pra ver se a Honda se mexe. E “se mexer” significa contratar engenheiros europeus. Vejam que o piloto de testes que veio para substituir o Rins nem conseguiu fazer tempo para se classificar. Não dá para evoluir um projeto com pilotos que não andam em alto nível…

No mais os quatro primeiros foram os mesmos, na mesma ordem, no sábado e no domingo. Chato… Oliveira e Marc correram melhor no domingo. Viñales fez um 6° e um 5°, porque o Binder caiu, senão teria sido 6° e 6°, sem ameaçar ninguém. Parece que as Aprilias não gostam de asfalto muito aderente. Bez e Bagnaia chegaram acabados e merecem todos os cumprimentos: tirar o maximo dessas maquinas sem estar 100% fisicamente, só com muito talento. A vantagem no campeonato caiu para 36 pontos, mas ainda acho que o campeão está no controle para o bi.

A Moto3 é a prova adrenalina. Diogo Moreira andou bem, chegou a estar em 2°, mas depois sofreu com arm pump e foi caindo até o 12° lugar. O colombiano ganhou a 3a em 4 corridas. Dá uma certa inveja.

Na Moto2 o Vietti deu aula de como salvar quedas. Houve pelo menos 4 ocasiões que era pra ele ir pro chão, mas salvou um bom 2° lugar. Pedro Acosta todo feliz porque “se vingou” da derrota na Áustria na casa do italiano. Arbolino conseguiu um 4°, mas tem que acordar no tour pelo Oriente porque o espanhol está acumulando pontos.

A MotoE tem um novo campeão e protagonista. O Casadei estava mais ou menos empatado com o Granado até antes de Silverstone. Aí começou a ganhar uma atrás de outra, descontou uma enormidade de pontos do Jordi Torres, e venceu o campeonato com uma prova de antecedência, contando com a colaboração do Elvis Presley da MotoE que queimou a largada e tomou 2 voltas longas. Quanto ao EG51, caiu nas duas provas, mas está fazendo sucesso com “seu lojinha”.

Estou curioso pela prova em Buddh, pois ninguém tem dados e a sexta-feira será de quem conseguir se encontrar primeiro. Acredito que as Ducatis dominarão mais uma vez pois as 3 retas são antecedidas por curvas fechadas e a capacidade de aceleração do V4 italiano será decisiva.

A ver… até lá!

Pai orgulhoso do João e da Nanda, botafoguense, motociclista e cabalista. 15 anos como CIO e membro do Board de empresas multinacionais, participando no desenho e implantação de processos de logística, marketing, vendas e relacionamento com clientes e canais de vendas, inclusive por dispositivos móveis; Morador em Londres, é Fluente em Inglês e Espanhol, com conhecimentos avançados (leitura) e intermediário de Francês e Italiano; Possui cidadanias brasileira e francesa.

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