Bee 200 Royale

Meus camaradas, desta vez achei que seria legal testar um scooter aqui no Motozoo®, em nome do ecletismo do Blog. Eu me amarro em scooters, tenho um Aprilia Leonardo 150 embrabado pelo Marcelo Peixoto com um cilindro Polini de 180cc e outros venenos.

Eu conheci e fiquei amigo do Alan quando comprei um sensacional Aprilia SR 50 nas cores de Valentino Rossi, 2T, aquele azul e coral. Isso tem mais de 15 anos, quando ele abriu a revenda autorizada Aprilia aqui na Barra.

Meu pai era lambreteiro, e uma das lembranças mais antigas que tenho é de meu pai guardando a lambreta debaixo da escada de nosso prédio, eu andando em pé com ele e mamãe, ali na frente. Muito bacana lembrar ainda disso. Vinte anos depois eu convenci meu pai a comprar uma Vespa para a minha irmã, mas a danada vivia enguiçando o trambulador de marchas e ela acabou vendendo a maquininha… uma pena.

O negócio da Aprilia desandou no Brasil, mas o Alan perseverou e firmou-se como “O” nome em scooters na cidade. A rede e revendas cresceu, com a crise diminuiu, mas em um passo arrojado, a Alan Motors tornou-se fabricante de scooters, com fabricação na China. Sensacional. Conheçam a história do Alan Motors Group em www.alanmotorsgroup.com.

Neste processo nasceu a marca Bee, e a Bee 200 Royale é o top dos modelos Bee. A Bee 50, que fez tanto sucesso é uma vespinha, e a sua irmã maior, a 125 lançada recentemente é bem parecida. A 200 é um bicho completamente diferente e superior em tudo, simplesmente porque ela é a Aprilia 200 Scarabeo, renomeada como Bee Royale. Simples assim, boa assim.

IMG_1077IMG_1078IMG_1081Depois desta longa introdução, vou finalmente falar da motoca.

O estilo é retrô, cheia de curvas, cromados equilibrados. Percebe-se claramente a qualidade de construção nos plásticos pintados, no painel, nos freios. Ela não é luxuosa, é uma retrô moderna e bem feita, sem muitas firulas. Uma simplicidade elegante. Eu cobriria um pouco mais as partes pretas, e, pensei que eu nunca um dia falaria isso… aumentaria um pouco os cromados. O banco, parece e é bem confortável, com divisões que apoiam tanto o motorista quando o carona. Ela não chama a atenção pelo design, o WOW!factor é baixo, para o bem e para o mal. Bem porque não chamar muito a atenção é bom nos dias de hoje, e mal porque é bom causar, chegar chegando!

O espaço debaixo do banco podia ser mais generoso, não cabem todos os tipos de capacete, eu estava usando um articulado que não coube. Tem lá dentro uma tomada 12V para vc ligar o carregador do seu telefone, um porta luvas dianteiro estreito mas muito útil. Senti falta de uma tomada 12V no porta luvas e de um descanso lateral. O central é ótimo, mas um lateral é sempre útil. Pesquisei e achei na internet como acessório para vender, a Scarabeo também não tem.

Vira a chave e o painel faz aquele check de ponteiros eletrônico, vai no fim e volta. Nada demais, velocímetro, temperatura e combustível. Ele tem uma parte digital que além do relógio tem os odômetros totais e parciais, voltímetro e marcador de temperatura ambiente.

IMG_1082 IMG_1084 IMG_1085O motor é uma jóia, fica lá escondidinho mas se olhar de perto você verá que ele é muito bem construído, duplo comando (DOHC) cabeçote de 4 válvulas, refrigeração líquida, vira silencioso e equilibrado. São 19Cv’s para um motor de 186cc, o que é uma ótima potência. Ao receber a moto me falaram: “anda igual ao Citycom”… Hummm, duvidei e estava certo. Ele não corre como o Citycom, que é 264cc (23Cv’s) e anda muito, porém achei que ele anda melhor. Ele corre muito bem para um scooter de 200cc,  mas o forte é a qualidade do desempenho. O som, as vibrações, o sentimento é de extrema competência. Ele é liso, não vibra. Subi a floresta sem faltar nunca potência, andei na praia com garupa, nunca faltou potência, mas ele não é um foguete. O bom dele é atingir a velocidade que se deseja e ir tirando a mão até o motor ficar tão silencioso que parece que desligou!!! MUITO macio, muito confortável o cruzeiro dela. A Citycom nunca terá um cruzeiro desta qualidade. Apesar de ter 2 mapeamentos disponíveis, ECO e SPORT por mais que tentasse não consegui sentir a diferença de 7% que está no manual.

IMG_1083Os freios são potentes mas tem um ataque fraco, para frear forte tem que esmagar a manete e aí a potência aparece. Talvez isso seja consequência do sistema de freios integrados tipo integrado CBS que ela tem, que distribuí a potência freando frente e traseira de forma equilibrada. De fato ela freia equilibrada e o fato do freio não ser imediato colabora com o estilo passeio da Royale. Os garupas agradecem.

Com as rodas grandes, ela se comporta muito bem nas curvas, nem parece um scooter, onde a distribuição de peso é mais ingrata. Ela curva muito bem, é muito bem suspensa e não rebola, foi capaz de subir o Alto da Boa Vista em uma velocidade que me surpreendeu. Voltei no escuro e o farol ilumina muito bem.

Partindo para a conclusão, a Bee 200 Royale é de fato a Aprilia Scarabeo. A Aprilia já sabia muito bem como fazer um scooter, imagine agora que ela é do grupo da Piaggio. O motor é incrível, o equilíbrio ótimo. Ela adora andar com calma e elegância, sem fazer barulho nem chamar atenção, com o toque retrô revisitado. Tem uma qualidade de construção superior a grande maioria de tudo o que está aí. É a oportunidade de se comprar zero na loja um scooter italiano Aprilia atual e aproveitar todas as vantagens que isso carrega. Tecnologia, desempenho e qualidade.

Taqui o link: Link Bee 200 Royale

IMG_1097Obrigado Alan pelo empréstimo da Bee 200 Royale, curti muito e a Karina (minha garupa) amou o passeio.

Mário Barreto

Publicitário, Designer, Historiador, Jornalista e Pioneiro na Computação Gráfica. Começou em publicidade na Artplan Publicidade, no estúdio, com apenas 15 anos. Aos 18 foi para a Propeg, já como Chefe de Estúdio e depois, ainda no estúdio, para a Agência da Casa, atual CGCOM, House da TV Globo. Aos 20 anos passou a Direção de Arte do Merchandising da TV Globo onde ficou por 3 anos. Mudando de atuação mais uma vez, do Merchandising passou a Computação Gráfica, como Animador da Globo Computação Gráfica, depois Globograph. Fundou então a Intervalo Produções, que cresceu até tornar-se uma das maiores produtoras de Computação Gráfica do país. Foi criador, sócio e Diretor de Tecnologia da D+,depois D+W, agência de publicidade que marcou uma época no mercado carioca e também sócio de um dos primeiros provedores de internet da cidade, a Easynet. Durante sua carreira recebeu vários prêmios nacionais, regionais e também foi finalista no prestigiado London Festival. Todos com filmes de animação e efeitos especiais. Como convidado, proferiu palestras em diversas universidades cariocas e também no 21º Festival da ABP, em 1999. Em 2000 fundou a Imagina Produções (www.imagina.com.br), onde é Diretor de Animações, Filmes e Efeitos até hoje. Foi Campeão Carioca de Judô aos 15 anos, Piloto de Motocross e Superbike, mantém até hoje a paixão pelo motociclismo, seja ele off-road, motovelocidade e "até" Harley-Davidson, onde é membro fundador do Museu HD em Milwaukee. É Presidente do ForzaRio Desmo Owners Club (www.forzario.com.br) e criou o site Motozoo®, www.motozoo.com.br, onde escreve sobre motociclismo. É Mestre em Artes e Design pela PUC-Rio. Como historiador, escreve em https://olhandoacidade.imagina.com.br. Maiores informações em: https://bio.site/mariobarreto

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