Quartarrarô fica em grande estilo!

Ninguém tem dúvidas sobre a velocidade do francês no paddock. Ele, foi campeão do mundo e no ano seguinte, mesmo com uma Yamaha bem inferior ao do agora bi-campeão Bagnaia, empurrou a decisão para a última corrida lembram? Tivesse a Ducati vacilado um tiquinho só, Quartararo faturaria um bi-campeonato mundial. Mas a Ducati não vacilou, ele vacilou um tiquinho, a Yamaha M1 de 2022 não dava no couro e ele perdeu.

Ele e Lin Jarvis

Desde então ele vem lutando contra o avanço das Ducatis. Não se enganem, a M1 avançou todos estes anos. Se for olhar os tempos de prova, a M1 2023 provavelmente foi mais rápida do que as anteriores, o problema é que o resto do grid, menos a Honda, melhorou muito mais!

Como o abandono da Suzuki, ficou a Yamaha como a única fábrica a apostar na arquitetura do quatro cilindros em linha. Tem suas vantagens, que já cansei de escrever aqui, mas a realidade dos circuitos e das corridas fez com que todos os concorrentes preferissem um motor em V com o virabrequim mais curtinho, para ter mais torque e acelerar mais depressa nas saídas de curva. Para piorar, a Yamaha “perdeu” sua equipe satélite para a KTM e depois Aprilia, e com apenas 2 motos na pista fica mais difícil de recolher dados para estas motos que são super eletrônicas e precisam de dados para serem reguladas.

Ele e um japonês mandachuva

Sempre, em todas as provas, Quartararo é a melhor Yamaha na pista, geralmente apresenta um ritmo na corrida que em alguns momentos fica ótimo, mas não consegue progredir tendo que passar uma frota de KTMs, Aprilias e Ducatis que ficam na sua frente. Mas os chefes de equipe observam ele andando e sabem que o homem é brabo!

É brabo mas o tempo dos pilotos é contado… a molecada vem subindo do Moto2 e se não apresenta resultados acabam saindo. Eles tem um senso de urgência nisso. Apesar de todos os esforços que a Yamaha está fazendo, contratando italianos da Ducati, se mexendo para usar as concessões e tudo o mais, a Mission One ainda não deu mostras de estar no caminho da ponta. Dizem que as japonesas estão 2 anos atrasadas frente as italianas, elas tem muito trabalho pela frente.

Insatisfeito com o desempenho da moto, Quartararo estava “aberto prá negócios” e a Aprilia estava interessada. Certamente uma moto com mais chances do que a sua M1 atual. Para Honda nenhum louco iria e a Ducati está com excesso de pilotos. A KTM animada com o Acosta… e. nessas condições a Yamaha reconheceu todas as qualidades do Quartararo e simplesmente abriu o baú, dando para ele um salário maior do que o do campeão Bagnaia e dizem que 3x maior do que a oferta da Aprilia. Aí não dá.

Fera

Fez uma escolha de Rubinho Barrichelo… para não ser campeão ganhando 4 milhões, é muito melhor não ser campeão ganhando 12 milhões não é? Quartararo não será campeão este ano, e não será ano que vem. Depois as regras mudarão e aí… sabe Deus.

Até lá a Yamaha contará com um piloto campeão, rápido, que reclama muito pouco e que trabalha muito. Se dá muito bem com a equipe, tem muitos fans ao redor do mundo, é simpático, carismático e muitíssimo útil no desenvolvimento da moto.

Parabéns para Quartararo e também parabéns para a Yamaha. As coisas já estão ruins o suficiente para perder uma de suas maiores armas na tentativa de voltar a competição.

Publicitário, Designer, Historiador, Jornalista e Pioneiro na Computação Gráfica. Começou em publicidade na Artplan Publicidade, no estúdio, com apenas 15 anos. Aos 18 foi para a Propeg, já como Chefe de Estúdio e depois, ainda no estúdio, para a Agência da Casa, atual CGCOM, House da TV Globo. Aos 20 anos passou a Direção de Arte do Merchandising da TV Globo onde ficou por 3 anos. Mudando de atuação mais uma vez, do Merchandising passou a Computação Gráfica, como Animador da Globo Computação Gráfica, depois Globograph. Fundou então a Intervalo Produções, que cresceu até tornar-se uma das maiores produtoras de Computação Gráfica do país. Foi criador, sócio e Diretor de Tecnologia da D+,depois D+W, agência de publicidade que marcou uma época no mercado carioca e também sócio de um dos primeiros provedores de internet da cidade, a Easynet. Durante sua carreira recebeu vários prêmios nacionais, regionais e também foi finalista no prestigiado London Festival. Todos com filmes de animação e efeitos especiais. Como convidado, proferiu palestas em diversas universidades cariocas e também no 21º Festival da ABP, em 1999. Em 2000 fundou a Imagina Produções (www.imagina.com.br), onde é Diretor de Animações, Filmes e Efeitos até hoje. Foi Campeão Carioca de Judô aos 15 anos, Piloto de Motocross e Superbike, mantém até hoje a paixão pelo motociclismo, seja ele off-road, motovelocidade e "até" Harley-Davidson, onde é membro fundador do Museu HD em Milwaukee. É Presidente do ForzaRio Desmo Owners Club (www.forzario.com.br) e criou o site Motozoo®, www.motozoo.com.br, onde escreve sobre motociclismo. Como historiador, escreve em https://olhandoacidade.imagina.com.br. Maiores informações em: https://bio.site/mariobarreto

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