Pô, não teve nem graça a disputa pela vitória nas corridas do WSBK na Catalunha. Eu só assisti as corridas, a Superpole foi muito cedinho e eu não consegui acordar para ver.
Nas duas corridas que vi, o Alvaro Bautista sumiu na ponta. Podia ter aberto uns 20 segundos, já que foram 20 voltas e ele estava andando facilmente 1 segundo mais rápido por volta do que os seus competidores. Mas ele foi legal e abriu ali no máximo uns 8 segundos e chegou no final passeando. Humilhou a concorrência, e com mais estas 3 corridas, venceu todas este ano, menos uma, quando caiu quando estava vencendo.
E tem feito isso de forma suave, freando equilibradinho, parecendo não estar fazendo força alguma, enquanto as Yamahas vem rebolando tudo e as Kawasaki caindo.
O regulamento tem umas regras complexas de equilíbrio entre as motos, com uma fórmula que julga o rendimento das motos e aplica limitações de giros nas motos. Eu acho uma coisa meio ridícula isso.
Para esta prova em diante, a Ducati teve cortado 250 giros e a Kawasaki ganhou 250 giros. O estranho é que quando a Kawa ganhava tudo ela nunca foi penalizada (* aqui dei uma de torcedor. Nelson me lembrou que a Kawa foi sim penalizada em giros diversas vezes quando estava dominando) e agora, por incrível que pareça, a Panigale V4R do Bautista tem um limitador que a faz girar MENOS do que uma Panigale de rua. Isso mesmo, uma Panigale de rua pode girar acima de 16 mil rotações e a de corrida tem que se contentar com menos. É ridículo.
Para o espetáculo realmente não é bom que uma moto atinja um estágio muito superior e as corridas fiquem monótonas e previsíveis. Com treinos à vontade, com pneus especiais e sem limite de gastos as equipes de fábrica e mais bem financiadas acabam muito melhores do que as outras, pois sabemos que o que faz as motos andarem não é gasolina, é dinheiro.
Mas este ataque a Ducati/Bautista não adiantou nadica de nada. Cortaram os giros e ele ganhou as 3 corridas, Hat trick, dando show nos concorrentes.
Atrás dele o bicho pegou, com disputas duras entre Toprak, Rea, Rinaldi (o vacilão do fim de semana), Aegerter (que está andando muito com uma Yamaha satélite) e os outros. Com o Rinaldi vacilando, podemos dizer que só a Ducati do Bautista está dando show.
Ele fez um dengo, disse que a família sente muito a sua falta, valorizou-se e assinou por mais um ano, 2024. Já com 40 anos, não deve ir além disso, mas o campeonato deste ano, o Bi, parece estar garantido, tão fácil que ele está vencendo.
Rea definitivamente não é mais a segunda força no campeonato, lugar que foi ocupado por Toprak. Está em quinto na classificação mas no máximo poder almejar ser terceiro. Ele, com esta moto, não segura mais o Toprak. Bautista está definitivamente fora do seu alcance.
Foram boas corridas e o nosso Granado levou um estabaco no sábado, perdeu a consciência e não teve liberação para correr no domingo. Mas está bem e espero que esteja inteiro para correr a abertura do mundial de motos elétricas, onde ele é o atual vice-campeão e novamente favorito para a vitória!