Borgo Panigale (Bolonha, Itália), 21 de junho de 2023
Muitos dos sistemas eletrónicos que hoje constituem um padrão nas motos dos vários segmentos foram introduzidos pela primeira vez pela Ducati, que ao longo dos anos se consolidou como uma das empresas mais vanguardistas do setor.
Hoje, os modelos Ducati são uma referência tecnológica em sua categoria, graças aos constantes investimentos em pesquisa e desenvolvimento e à contínua transferência de soluções e know-how da competição automobilística
Para garantir à Ducatisti a melhor experiência possível uma vez na moto, a empresa Borgo Panigale desenvolve a maior parte de seus conteúdos eletrônicos internamente, oferecendo aos seus clientes atualizações contínuas para as motos já existentes.
Cada Ducati é uma mistura mágica de beleza e tecnologia. Um equilíbrio único que a empresa sediada em Bolonha soube construir ao longo dos anos, combinando a atenção ao design com o trabalho constante de P&D no campo da inovação. Da Multistrada V4 à Scrambler, passando pela Panigale V4, cada modelo é pensado para oferecer à Ducatisti apenas o melhor, graças a soluções sofisticadas capazes de proporcionar experiências inesquecíveis sempre que estiverem na moto.
Nesse sentido, a eletrónica desempenha um papel fundamental, e é por isso que, sobretudo nos últimos 15 anos, a Ducati tem investido diariamente no desenvolvimento de tecnologias de ponta.
As soluções eletrônicas permitem refinar o caráter de cada moto de acordo com o uso pretendido: seja para possibilitar o melhor desempenho na pista com a Panigale V4 ou proporcionar a viagem mais confortável e emocionante possível com a Multistrada V4.
Graças a esta consciência, ao longo dos anos a Ducati introduziu muitas das soluções que mais tarde se tornaram padrão nas motos dos vários segmentos.
As inovações introduzidas pela Ducati
Em 2008, com a 1098R, a Ducati foi a primeira fabricante de motocicletas a introduzir o Controle de Tração em uma motocicleta, elevando os padrões de desempenho e segurança das super motos esportivas. Apenas um ano depois, o farol de LED introduzido na Streetfighter 1100 representou outra inovação mundial da Ducati. Em 2010, a Ducati apresentou a primeira motocicleta do mundo capaz de “mudar de personagem” graças à presença dos Riding Modes: a Multistrada 1200 S. Outras inovações eletrônicas introduzidas pela Ducati incluem a instrumentação TFT da Diavel, em 2011, outro exemplo de uma solução técnica que já se tornou padrão em motocicletas de todos os segmentos. Em 2012, a 1199 Panigale, que recebeu o prestigioso prêmio de design, o Compasso d’Oro, viu a introdução no campo da motocicleta do conjunto de luzes Full-LED e gerenciamento eletrônico do freio motor.
Como a segurança é um aspecto muito importante para a Ducati, em 2014 a empresa bolonhesa, juntamente com a Dainese, apresentou a primeira motocicleta com sistema integrado capaz de se comunicar com o airbag da jaqueta: a Multistrada 1200 Touring D|Air. Na época, os sistemas de airbag não garantiam os padrões de segurança atuais, enquanto o sofisticado sistema Multistrada 1200 Touring D|Air enviava o sinal de ativação em apenas 20 milissegundos em caso de colisão ou deslize. Em 2018 a Ducati introduziu o sistema Slide By Brake que permite o deslizamento controlado da potência em frenagem na Panigale V4, enquanto em 2020, com a Multistrada V4, a Ducati foi o primeiro fabricante de motos a introduzir radares no mundo das duas rodas, o que permitiu a implementação dos sistemas Adaptive Cruise Control e Blind Spot Detection. Em 2023 chegou a desativação estendida na Multistrada V4 Rally, um sofisticado sistema que, ao desligar os dois cilindros traseiros, reduz o consumo de combustível e o calor. Estas são as inovações introduzidas pela Ducati no mundo das duas rodas, muitas das quais já são de série nas motos “acima de 500 cc”.
Além de trabalhar para introduzir novas soluções técnicas no mercado, a Ducati R&D trabalha todos os dias para evoluir e aperfeiçoar as motos existentes, melhorando-as ano após ano. Foi o que aconteceu, por exemplo, com os proprietários da Multistrada V4, que receberam gratuitamente os sistemas Minimum Preload e Easy Lift quando foram introduzidos em modelos posteriores, e que continuam a beneficiar de atualizações do sistema de navegação. Ou a evolução que a Panigale V4 sofreu desde 2018 até hoje.
Criar motocicletas seguras, de alto desempenho e acessíveis é a base do desenvolvimento de cada Ducati, que graças a todas essas inovações e ao desenvolvimento contínuo de soluções já existentes no mercado, oferece hoje uma gama em que cada modelo representa uma referência tecnológica no segmento a que pertence, também ao nível da segurança, uma vez que todas as motos Ducati estão equipadas de série com ABS Cornering e Traction Control.
A abordagem da Ducati é desenvolver internamente as tecnologias a serem introduzidas em suas motocicletas, juntamente com seus fornecedores, criando simultaneamente know-how dentro da Empresa. Exemplos concretos são a estreita colaboração com a Pirelli, Brembo, Bosch e outros fornecedores com os quais o fabricante com sede em Bolonha participa no desenvolvimento de componentes que são montados pela primeira vez nas motos Ducati. Esta abordagem é ainda mais valiosa no que diz respeito à eletrônica porque permite à Ducati ter um controle total sobre as tecnologias implementadas, podendo assim personalizá-las sem constrangimentos consoante a aplicação, desde a Panigale V4 à Scrambler passando pela Streetfighter, Diavel, DesertX e a Multistrada V4, que representa a expressão máxima da tecnologia eletrônica Ducati.
Sistemas Elétricos e Eletrônicos: desenvolvimento e criação de expertise
A aposta na inovação em eletrônica é acompanhada pelo crescimento da área de Sistemas Elétricos e Eletrônicos, que quadruplicou os seus recursos em pouco mais de dez anos. Através do trabalho deste departamento, que faz parte de P&D, a Ducati estuda, desenvolve e introduz sistemas novos e muitas vezes inovadores na produção em série, obviamente também com base na experiência de competição de corrida. O constante trabalho de desenvolvimento e aperfeiçoamento das soluções técnicas e tecnológicas introduziu um leque muito alargado de funções e dispositivos em toda a gama, que hoje varia desde o estado da arte disponível na Panigale V4 e Multistrada V4, até sistemas como Ride-by-wire, Controle de Tração, Quickshift, Riding Mode, Cornering ABS e instrumentos TFT também em modelos mais acessíveis, como o Scrambler.
A inovação da Ducati também envolve novos métodos de trabalho. Além de desenvolver novas tecnologias internamente, a Ducati conta há vários anos com diversos laboratórios internos dentro da empresa para realizar testes durante a fase de desenvolvimento, sem necessariamente depender de recursos ou fornecedores externos. Uma delas é a Electrical & Electronic Testing que se encarrega de testar os componentes elétricos e eletrônicos das motocicletas da gama, colocando-os à prova para medir a sua qualidade e duração ao longo do tempo. O objetivo desta atividade é duplo: resolver rapidamente os problemas que possam surgir durante as fases de desenvolvimento e monitorar a qualidade dos modelos já existentes.
Entre os testes realizados por pessoal altamente especializado no laboratório de Ensaios Elétricos e Eletrônicos, estão aqueles para verificar o funcionamento dos componentes em condições térmicas e ambientais extremas, possibilitados pelo uso de células capazes de replicar temperaturas que variam de – 40°C a 180°C e eventos atmosféricos como chuva forte ou névoa salina. Os componentes também são submetidos a esforços por meio de robôs que repetem operações milhares de vezes, como, por exemplo, a rotação do guidão para verificar a confiabilidade correta da fiação, ou outras operações como a alavanca do freio para ligar o luz de freio, a fim de verificar sua resiliência em condições reais de uso.
Além disso, dentro do laboratório, chegamos ao controle de cada chip individual, até mesmo seccionando-os para analisá-los ao microscópio e verificar sua composição exata e consistência com as especificações de desenvolvimento.
A depuração de software e as atividades de aplicativos móveis também são realizadas nos testes elétricos e eletrônicos. Ao longo dos anos, a conectividade também está se tornando um aspecto cada vez mais importante no segmento de motocicletas e, devido ao número crescente de fabricantes de smartphones e à constante atualização dos vários sistemas operacionais, a presença de um grupo de pessoas dentro da Empresa que lidam com esse aspecto representa uma mais-valia para estar sempre a par dos tempos. Um exemplo desse trabalho pode ser encontrado em sistemas de navegação: desde a solução Phone Mirroring adotada na Multistrada V4, que permite transformar o painel em um navegador de mapa colorido contendo todas as informações necessárias para pilotar a moto, até o Turn- sistema by-Turn que foi introduzido em 2023 no DesertX e Diavel V4. Estas duas soluções permitem à Ducati não estar vinculada a um sistema operativo específico, mas permitem a compatibilidade com os sistemas iOS e Android e a evolução contínua do software que é posteriormente atualizado gratuitamente para os clientes.
Tudo isso é “o jeito Ducati”. Uma metodologia de trabalho que tem permitido à Ducati criar produtos cada vez mais inovadores e com qualidade melhorada ano após ano, testemunhando como os compromissos estratégicos da fabricante bolonhesa, desde a competição automobilística até a P&D, passando pelos investimentos em experimentação, ano após ano são direcionados , em dar à Ducatisti as motos dos seus sonhos.
Inovações introduzidas pela Ducati como estreias mundiais:
2008, Controle de Tração DTC – 1098 R
2009, Farol LED – Streetfighter 1100
2010, Modos de Pilotagem – Multistrada 1200 S
2011, instrumentação TFT – Diavel
2012, Gerenciamento Eletrônico do Freio do Motor (EBC) e farol full-LED – Panigale 1199
2021, Controle de cruzeiro adaptativo/Detecção de ponto cego – Multistrada V4
2023, Desativação Prolongada – Multistrada V4 Rally
Gostei do texto, como sugestão, seria bacana um sobre como funciona o v4. Numa roda de amigos surgiu um discurso que o motor tem um função de equilíbrio das forças de movimento… Quem estava falando não soube bem se explicar…
Vc teve carrinho de autorama? Já segurou um motorzinho de autorama girando na mão? Então vc viu que ele quer girar violentamente na direção contrária ao movimento do eixo. Isso acontece com qualquer motor, ele se apoia no quadro da moto, na direção contrária ao movimento do eixo principal. Com a moto parada, se vc afundar a mão, a moto tenta girar para frente ou para trás, amassando as suspensões, ou para os lados, como assustam as GS BMW para quem não espera, elas se jogam no chão. Não é uma força desprezível e nos altos giros em que andam as motos 4T de hoje em dia, estas forças afetam muito o handling da moto, com a inércia tornando as motos mais ou menos teimosas em curvas. Em carro também. Lembro-me de que Gol e Escort, andando com o mesmo motor, variavam muito o desgaste de pneu, porque a montagem do motor era longitudinal no Gol e transversal no Escort. O Gol gastava muito mais pneu de um lado do que do outro, porque o chassi estava sempre pressionando um dos lados do carro. Na montagem transversal, a pressão era prá frente ou para trás, gastavam igual. Ultimamente tem-se usado o eixo em contra rotação pois ele ajuda a contrabalançar a inércia causada pelas rodas e discos de freio, tornando o conjunto mais neutro e fácil de mudar de direção. Com o eixo rodando na mesma direção a estabilidade direcional causada pela soma das energias inerciais, torna a moto mais teimosa para virar. Espero ter esclarecido. Atenciosamente.