Melhor Corrida do Ano

O quê mais dizer? Quem viu, viu… nas últimas 4 voltas não dava nem pra piscar. Eu gosto de corridas assim, que prendem a atenção até a última curva. Depois de dois fins de semana infelizes, o Martinator fez pole, dominou a Sprint, e arrancou uma vitória no braço. Ele está mais rápido que o Bagnaia, que está acusando o golpe: não o cumprimentou no parc fermé e ficou com cara de bunda, recebendo consolo da namorada. E vejam que ele ainda ganhou 4 pontos de graça, com o vacilo do Binder excedendo o limite da pista na última volta. Tardozzi foi outro que passou recibo de mau perdedor, fugindo de cara amarrada para o fundo do boxe. Esse final de campeonato vai pegar fogo.

Dois desaparecidos neste final de semana: Bastianini e Oliveira. Aparentemente ambos foram muito afetados pelo calor

Marc Marquez e Quartararo tiveram dias razoáveis e estão mantendo uma dura competição de construtores pelo honroso penúltimo lugar. Até o momento Honda vence a Yamaha por 165 x 164. Ducati lidera com 589 pontos. Esta situação seria inimaginável há 3 anos…

Repsol Honda possui a última vaga para o grid em 2024, mas está oferecendo muito pouco (um contrato de apenas 1 ano) para o risco que é pilotar uma moto que enterrou o Lorenzo, o Pol, o Mir. Não entendo como o Puig ainda sobrevive. Acho que vai dar Diggia mesmo, dado que, para um desempregado, um graveto é canoa.

Eu tinha uma grande simpatia pelo Diggia desde que o Augusto Fernandez lhe roubou sua primeira vitoria na Moto2, em Misano 2019, quando o espanhol passou o italiano no Curvone na última volta, excedendo os limites da pista. Foi injusto. Depois disso Augusto Fernandez teve dois anos ruins (karma?) e Diggia chegou à MotoGP um ano antes. Em 2022, enquanto o companheiro de equipe venceu 4 vezes, ele conseguiu um 8° e dois 11°. Este ano tinha conseguido dois 8° e dois 9°, ficou desempregado, aí conseguiu um 4° e um 3° e saiu metendo malho na equipe que “não soube esperar”. Aí não dá, né… Acho um tiro no pé criticar a equipe que está pagando o seu salário. Já tomou um DNF e um 9° pra botar os pés no chão.

Já em Jerez, Alvaro Bautista conseguiu o bi-campeonato para a Ducati no World Superbike. A segunda corrida de domingo foi tão emocionante quanto o GP da Tailandia, com 38 trocas de liderança entre Toprak e Bautista. Podem procurar no You Tube que vale à pena.

O turco vai para a BMW e Rea vai pra Yamaha, portanto 2024 promete. Há quem diga que o Bautista só ganhou por causa da moto… bobagem: ele fez mais do que o dobro de pontos do companheiro de equipe. Em 36 corridas em 12 rodadas ele fez 4 poles (33.3%), 23 voltas mais rápidas (63.9%), 27 vitórias (75%) e fez 6 hat tricks (ganhando todas as 3 corridas em metade dos eventos). Foi uma campanha monumental. Talvez ele corra em Sepang, como wild card. Torço pra que aconteça.

A Moto2 foi a corrida mais monótona, com o Fermin Aldeguer dominando desde a largada, conseguindo sua 2a vitória na categoria. Acosta fez um tranquilo segundo lugar, botando a mão na taça que deve conquistar facilmente na Malásia, o herói local Somkiat Chantra fez um 3° muito comemorado, seguido de Arbolino e Ogura.

Na Moto3 o colombiano David Alonso conseguiu sua 4a vitória e o título de Rookie do ano. Está em 3° no campeonato a 65 pontos do Masia, que aumentou sua vantagem para o Sasaki para 17 pontos. Nosso Diogo Moreira acordou com uma indisposição intestinal, quase não correu, mas teve uma boa participação enquanto teve forças, liderando a corrida em algumas oportunidades. Nas voltas finais ficou no final do pelotão, em 13°: 3 pontos arrancados na garra.

Agora 10 dias para respirar antes da arrancada final: Sepang, Qatar e Valencia.

Acho que a MotoGP só se define na última prova, a menos que um dos dois dê um vacilo muito grande.

Até lá.

Pai orgulhoso do João e da Nanda, botafoguense, motociclista e cabalista. 15 anos como CIO e membro do Board de empresas multinacionais, participando no desenho e implantação de processos de logística, marketing, vendas e relacionamento com clientes e canais de vendas, inclusive por dispositivos móveis; Morador em Londres, é Fluente em Inglês e Espanhol, com conhecimentos avançados (leitura) e intermediário de Francês e Italiano; Possui cidadanias brasileira e francesa.

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