Pois é galera, eu quase não escrevo sobre Motocross né? E fui um piloto de MX dedicado. De DT e MX eu disputava a ponta no carioca de estreante, mas sempre quebrava a moto ou eu fazia alguma merda, de modo que eu só tenho UMA vitória na minha carreira, kkkk.
Quando me graduei para PC (piloto de competição) o buraco ficou mais embaixo, pois nunca tive dinheiro para ter o melhor equipamento e a competição era muito mais qualificada. Mesmo assim eu largava entre 12 e 15 e chegava entre 8 e 10, porque sempre dava problema lá na frente com alguém. O ruim é que dava problema comigo também e principalmente no meu último ano, metade da provas eu saí de ambulância da pista. Com 24 anos, bateu no chão, quebrou. É impressionante, passou dos 20 anos não se pode mais cair.
Corri sempre de Yamaha, sempre me classifiquei para os final heats do Hollywood e Brasileiros que disputei. Fui em um monte de mundiais em Nova Lima, Campos do Jordão, Canelinha, Campo Grande… Motocross foi um grande barato na minha vida. Me quebrei muito, gastei muito, mas também curti muito e é uma experiência que vale muito para qualquer motociclista.
Nunca consegui andar sequer perto do Rodney, ou Kenny, mas quando eu estava levando uma volta do Paraguaio, do Marcio Campos, do Morongo, lá pelo meio da prova, eu conseguia segui-los por uma volta, dava volta realmente rápida, de 125. Mas este é o problema, eu só conseguia dar 1 ou 2 voltas rápidas, nunca tive técnica, moto e preparo físico para fazer várias voltas boas.
Mas é o que eu digo, quem “botou prá baixo” em um Hollywood como o de Ouro Preto, buraqueira do caceta, mão no fundo de Yamaha MX preparada e não morreu… está pronto para qualquer coisa na vida em cima de uma moto. Vocês não tem noção do que é isso, aquelas MXs foguetes, apitando horrores, com aquelas suspensões horrososas e nós, eu, Paulo Lyra, Marçal e mais um monte que eu não lembro, descíamos de mão no fundo. É inacreditável. Eu sobrevivi.
Longa introdução para a Kawasaki KX450SR. SR de “Special Racer”… agora imagine este canhão, tunado para andar mais e como diz o Jeremy McGrath…”lot of more power”. Como assim muito mais potente? Ela careta já tem potência demais!!!!!.
Vejam a apresentação do Jeremy:
Então é isso, uma Kawa KX 450 ainda mais braba do que o normal, com equipamentos de ponta:
- 449cc 4-TEMPOS, DOHC, DFI®, REFRIGERAÇÃO LÍQUIDA
- NOVA FRENTE SHOW COM REVESTIMENTO PRETO TIO E AMORTECEDOR TRASEIRO ESPECIAL.
- CABEÇOTE MODIFICADO COM PORTAS POLIDAS
- DESCARGA DE TITÂNIO PRO CIRCUIT TI-6
- ECU/DFI® OTIMIZADO COM NOVAS REGULAGENS
- MESAS DE GUIDÃO XTRIG ROCS-TECH COM PHDS (AMORTECEDOR DE DIREÇÃO PROGRESSIVO)
- TAMPA DE EMBREAGEM KAWASAKI RACING TEAM BY HINSON
- RODAS D.I.D. DIRT STAR ST-X, PRETAS
- COROA RENTHAL E CORRENTE D.I.D. GOLD
- ADESIVOS INSPIRADOS NA EQUIPE DE FÁBRICA MONSTER
Monstruosa… queria eu ser novo e com disposição para acelerar uma bruta destas. Mas na verdade eu nunca tive para acelerar uma 250 2T, nunca teria para uma 450 4T.
Aqui no Brasil chegaria por uma fortuna!!!!