Rins deu show na despedida da Suzuki em Valência!

Acho justo fazer um texto para a corrida e outro para a vitória da Ducati. Rins merece isso. A Suzuki não, está fazendo feio abandonando o campeonato. E desta vez não foi como da última vez que “deu um tempo”, quando tinha uma moto que não era competitiva. Sua Gixxer atual é talvez a segunda melhor moto na pista. Anda quase tão bem como a Ducati nas retas e faz curvas muito melhor. Não é a melhor moto na pista porque não tem 8 motos rodando com 8 pilotos bons desenvolvendo-a, senão seria.

Depois faço um texto extra para a Ducati queridinha.

Alex Rins, Joan Mir, Lívio Suppo, uma equipe de ponta. Eu cheguei a imaginar que algum patrocinador iria pegar a equipe e botar dinheiro, reduzindo em muito a parte da Suzuki e viabilizar a finalização do contrato com a Dorna, que se não me engano iria até 2025. Mas quebrei a cara…

Hoje Rins largou de quinto como um foguete e foi para a ponta, venceu da primeira a última curva e não foi desafiado por ninguém. Nas primeiras curvas da primeira volta Martinator tentou assustar um pouco mas suas linhas é que eram muito diferentes. Nenhuma moto no momento é capaz de fazer as linhas que a Suzuki pode fazer na curva. Ela pode escolher, pois é capaz de fazer por dentro, pelo meio e por fora. Por fora a Yamaha é mais rápida, mas quem dera a Yamaha tivesse a aceleração da Suzuki, talvez Quartararo fosse campeão…

Focada na disputa do título, a TV quase não mostrou o Rins na pista. Mir também conseguiu um bom resultado, um sexto lugar. É bonito ver a Suzuki na pista, porque ela flui e faz trajetórias bacanas. A Ducati campeã deixa portas abertas nas curvas, pois acelera demais, freia demais e aí não consegue chegar no apex deitadinha e já acelerando. Dá certo, vem ganhando um saco de corridas assim e hoje foi campeã de tudo, construtores, equipes e pilotos.

A KTM apresentou-se muito bem. Binder estava chegando com tudo mas Rins já estava ganhando, não precisou arriscar mais para se defender. Brad largou de sétimo e chegou em segundo. Miguelito em sua despedida largou lá de trás e chegou em quinto, corridasso dos dois e da KTM também.

Martinator precisa acertar com a moto no final da prova. A sua moto é uma GP22/22, que talvez gaste mais pneus do que a GP22/21 do campeão. E talvez o estilo dele gaste mais pneus, mas o fato é que estamos sempre vendo ele largar da pole e no finalzinho ir perdendo posições.

Marc Marquez vinha pendurado na moto fazendo uma boa prova, acima das possibilidades do equipamento e acabou no chão, como ele previa. Jack Miller também, levou um tombo que quase nos matou do coração, pois a imagem mostrou uma Ducati vermelha trambolhando e não dava prá saber qual era!!!!! kkkkkkk, se Tardozzi não morreu hoje, vai durar mais alguns anos.

O agora ex-campeão Fabio Quartararo fez o de sempre, carregou sua M1 nas costas, abusando de sua melhor característica que é a velocidade/estabilidade em curvas, especialmente as lançadas, indo por fora quase sem frear. Quase assustador… mas quando chega na reta o seu motorzinho de Jog 50 melhorado o faz passar vergonha. Todo mundo acelera mais do que ele. Fez uma boa prova e com este equipamento, chegar a apenas 17 pontos do Bagnaia é um diploma e tanto.

De resto vimos uma Aprilia apagadinha no final deste campeonato e como castigo Enea Bastianini pegou o terceiro lugar no geral. Justo, o caboclo Enea venceu 4 vezes em 2022.

Foi um corridasso, porque Bagnaia dividiu curvas com Quartararo, tentou ir e não conseguiu, sua moto não estava boa e ter perdido uma asinha na trombada com o Fabio não deve ter ajudado. Ajudou muito o fato da Yamaha não conseguir subir até a ponta, fato que poderia fazê-lo até abandonar a prova. Todas as chances estavam com ele, mas mesmo assim a prova pareceu longa, tensa, muita pressão!

Parabéns Alex Rins e Suzuki, bela prova, bela despedida. 5 vitórias no MotoGP é uma conquista incrível. Poucos pilotos alcançaram esta marca. Mir é campeão do mundo e tem 1 (UMA), Nick Hayden foi campeão do mundo e teve 2 (DUAS).

Publicitário, Designer, Historiador, Jornalista e Pioneiro na Computação Gráfica. Começou em publicidade na Artplan Publicidade, no estúdio, com apenas 15 anos. Aos 18 foi para a Propeg, já como Chefe de Estúdio e depois, ainda no estúdio, para a Agência da Casa, atual CGCOM, House da TV Globo. Aos 20 anos passou a Direção de Arte do Merchandising da TV Globo onde ficou por 3 anos. Mudando de atuação mais uma vez, do Merchandising passou a Computação Gráfica, como Animador da Globo Computação Gráfica, depois Globograph. Fundou então a Intervalo Produções, que cresceu até tornar-se uma das maiores produtoras de Computação Gráfica do país. Foi criador, sócio e Diretor de Tecnologia da D+,depois D+W, agência de publicidade que marcou uma época no mercado carioca e também sócio de um dos primeiros provedores de internet da cidade, a Easynet. Durante sua carreira recebeu vários prêmios nacionais, regionais e também foi finalista no prestigiado London Festival. Todos com filmes de animação e efeitos especiais. Como convidado, proferiu palestas em diversas universidades cariocas e também no 21º Festival da ABP, em 1999. Em 2000 fundou a Imagina Produções (www.imagina.com.br), onde é Diretor de Animações, Filmes e Efeitos até hoje. Foi Campeão Carioca de Judô aos 15 anos, Piloto de Motocross e Superbike, mantém até hoje a paixão pelo motociclismo, seja ele off-road, motovelocidade e "até" Harley-Davidson, onde é membro fundador do Museu HD em Milwaukee. É Presidente do ForzaRio Desmo Owners Club (www.forzario.com.br) e criou o site Motozoo®, www.motozoo.com.br, onde escreve sobre motociclismo. É Mestre em Artes e Design pela PUC-Rio. Como historiador, escreve em https://olhandoacidade.imagina.com.br. Maiores informações em: https://bio.site/mariobarreto

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