Fiz questão de escrever um artigo pequeno, porque a Aprilia é uma marca que mora no meu coração.

A molecada de hoje pode nem dar atenção, mas a Aprilia dos anos 90 era a grande papa tudo nas categorias 125 e 250 cc. Valentino Rossi, Capirossi, Lorenzo, Biaggi, just to name a few, foram várias vezes campeões com a Aprilia de Ivano Beggio. Motos 2T. Tiveram também uma 400 2T que correu na categoria 500 com a RSW-2 que teve 420, 430 e foi crescendo até 500cc. Tinha lá um gênio em motores 2T, Jan Witteveen, que antes tinha feito as Cagivas MX.

Quando veio o MotoGP a Aprilia veio com a Cube, uma moto inovadora, 3 cilindros, ride by wire (a primeirona), com cabeçotes desenvolvidos pelas Cosworth. Potentíssima, mas que maltratou o Colin Edwards e o Haga.

Aí deu uma sumida até voltar com as CRT, em um modelo adaptado da RSV4 de rua, um projeto incrível do hoje engenheiro chefe da Ducati Corse, Gigi Dal’Igna. Este motor é tão bom, que era ainda a base de dados para a RS GP 19, com um V mais fechado.

Não é à toa que a Ducati usa motores em L, e a Honda também. O Motor em L tem algumas vantagens mecânicas e tem se revelado mais eficientes. o V72 da Aprilia é talvez o melhor fechado que se pode fazer, mas o fato é que a nova RS GP 20 vem com um L, ou V90.

E não só… a Aprilia entrou em crise quando mudou a lei italiana para scooters, quase faliu e foi comprada pela Piaggio, o que deu uma dinâmica diferente ao reparto corse. Agora eles contrataram um ex chefe da Ferrari, Rivola, e a Piaggio botou um caminhão de dinheiro. Isso explica o bico aerodinâmico que vem direto da F1.

A Piaggio vende Vespa a dar com pau. E a Aprilia é uma marca com produtos e engenharia sensacionais. Tem história aí.

Não precisava o Ianonne se meter na furada do dopping… os caras gastam uma fortuna no projeto e o piloto arruma essa.

Vejam o site especial que foi lançado hoje, cheio de vídeos e fotos:

https://motogp2020.aprilia.com

Aleix Espargaró é um excelente piloto, bem como Bradley Smith. Esta moto vai andar muito!!! Espero e torço.

Mário Barreto

Mário Barreto

Publicitário, Designer, Historiador, Jornalista e Pioneiro na Computação Gráfica. Começou em publicidade na Artplan Publicidade, no estúdio, com apenas 15 anos. Aos 18 foi para a Propeg, já como Chefe de Estúdio e depois, ainda no estúdio, para a Agência da Casa, atual CGCOM, House da TV Globo. Aos 20 anos passou a Direção de Arte do Merchandising da TV Globo onde ficou por 3 anos. Mudando de atuação mais uma vez, do Merchandising passou a Computação Gráfica, como Animador da Globo Computação Gráfica, depois Globograph. Fundou então a Intervalo Produções, que cresceu até tornar-se uma das maiores produtoras de Computação Gráfica do país. Foi criador, sócio e Diretor de Tecnologia da D+,depois D+W, agência de publicidade que marcou uma época no mercado carioca e também sócio de um dos primeiros provedores de internet da cidade, a Easynet. Durante sua carreira recebeu vários prêmios nacionais, regionais e também foi finalista no prestigiado London Festival. Todos com filmes de animação e efeitos especiais. Como convidado, proferiu palestas em diversas universidades cariocas e também no 21º Festival da ABP, em 1999. Em 2000 fundou a Imagina Produções (www.imagina.com.br), onde é Diretor de Animações, Filmes e Efeitos até hoje. Foi Campeão Carioca de Judô aos 15 anos, Piloto de Motocross e Superbike, mantém até hoje a paixão pelo motociclismo, seja ele off-road, motovelocidade e "até" Harley-Davidson, onde é membro fundador do Museu HD em Milwaukee. É Presidente do ForzaRio Desmo Owners Club (www.forzario.com.br) e criou o site Motozoo®, www.motozoo.com.br, onde escreve sobre motociclismo. É Mestre em Artes e Design pela PUC-Rio. Como historiador, escreve em https://olhandoacidade.imagina.com.br. Maiores informações em: https://bio.site/mariobarreto