Meus amigos, combinei um almoço com o André Vechina, da Ego Motos, e aproveitei para conhecer rapidamente 2 dos novos scooters que ele está vendendo na loja.
A EGO é uma das mais tradicionais concessionárias de motos da cidade. É autorizada Suzuki tem bastante tempo, e já foi também Agrale, Cagiva, Sundown e outras marcas, uma longa história de serviços ao motociclismo na cidade.
Mesmo após fazer muito sucesso na época da chegada das primeiras Suzuki Burgman ao Brasil, quando vendeu que nem pão quente, a Suzuki não manteve o gás na categoria. A venda de scooters é um sucesso, com boas vendas de todas as marcas e o Burgman não recebeu muita atenção da marca para brigar neste mercado que ficou incrívelmente competitivo.
Não sei dos detalhes das negociações, mas o fato é que o mesmo João Toledo que é sócio da Suzuki no Brasil, montou uma outra empresa e está fabricando e vendendo no Brasil scooters da Kymco e Haojue. O Kymko Downtown 300i para brigar com o sucesso Dafra Citycom e o Haojue Lindy 125 para substituir a Burgman.
Fomos almoçar no aeroporto, saímos de Botafogo e fomos pelo Aterro do Flamengo. Não foi exatamente um teste e sim uma apresentação. Fui de Downtown 300i e Voltei de Lindy 125.
Pela ordem… o Downtown tem uma das qualidades que fizeram o sucesso do Citycom, o tamanho médio. Não é pequeno, mas também não é grandão como os Burgmans maiores ou o T-MAX. É um tamanho no limite da linha que divide os scooters dos sofás com rodas. Bem acabado, bem equipado, com espaço debaixo do banco para um capacete integral e um pequeno. A aparência é ótima e já se destaca frente ao concorrente porque além de tudo, é novidade. O design do Citycom já está dando uma cansada. Ao ligar é silencioso, sai forte e roda bem macio. Um conforto dando. Os pneus (não olhei qual a marca/modelo) são bem esportivos e o scooter é bem ágil e equilibrado nas curvas. Neutro, deita com facilidade e fica no ombro do pneu alegremente, sem balançar ou teimosias. Acelerei um pouco na reta e larguei o guidão, algo que não gosto de fazer com o Citycom, que tem um chime persistente. Apenas achei o banco um pouco firme demais. Ele encaixa bem, tem um excelente apoio lombar, mas podia se mais macio. Os freios nem lembro, sinal de que são bons.
Depois do almoço trocamos e voltei de Lindy 125. Muito mais simples e também custando bem menos, é covardia comparar um com o outro, temos que comparar o Lindy com o Burgman 125. É a mesma qualidade de construção, é o mesmo tamanho, sendo que o Lindy vem de fábrica com o baú e ainda assim custa mil reais a menos do que custava o Suzuki. Zerinho, bem firme, sem nenhum barulhinho o bicho sai com disposição e é muito bom para andar na cidade. Como logo pegamos o Aterro, a disposição da saída acabou logo e o Lindy tem que se contentar com um desempenho bem mais modesto. Não chega a ser perigoso, mas anda menos até do que o Burgman 125, pois a lei apertou ainda mais na questão de emissão de poluentes. O Suzuki era mais “soltinho”.
Sou fã de scooters, ando uns 1.000 kms por mês com o meu Aprilia Leonardo 150, que fica no meio destes 2, tanto em tamanho como em desempenho. O Downtown é um luxo de conforto e maciez e o Lindy ágil, econômico e simples, bom para pequenos deslocamentos. O maior para bater no Citycom e o menor para atender aos órfãos do Burgman.
Depois ando mais com eles e dou notícias.
Abraços
Mário Barreto