Carro Esporte x Moto

Em um mundo repleto de HB20s, fuscas e carrinhos 1.0, é fácil acreditar que as motos são muito mais rápidas do que os carros. As motos são ágeis, aceleram rápido, passam sensações de velocidade e potência que estes carros de uso comum, simplesmente não conseguem oferecer.

Mas, existe uma categoria de carros esportes, muito caros e potentes, que são muito mais rápidos do que qualquer moto, e em qualquer condição. Na mesma pista, se compararmos o tempo de volta de um F1 e uma MotoGP, dá em média 15 segundos por volta. Em 4 voltas, 1 minuto. É muito. Nas ruas e estradas, sem transito, um carro realmente esportivo, e não um UP Turbo, some das motos.

A FZ1

Digo isso porque ontem tive mais uma experiência destas ao encontrar um Audi Coupé TT RenSport na linda estrada que vai de Guapimirim até Cachoeiro de Macacu. Eu estava montado em uma moto muito rápida, uma Yamaha FZ1, que tem um motor de 4 cilindros da R1 amansado um pouco, com 150 CVs. Tudo bem, temos motos mais rápidas, mas a FZ1 é rápida e acelera muito. Pois bem… ao chegar em uma curva, olhei para o espelho retrovisor e vi um lindo Audi azul claro aproximando-se rápido e não pensei duas vezes, bora ver se ele anda. Como eu vinha passeando, joguei 3 marchas para baixo, levei o giro até a faixa vermelha em todas as marchas, trocando rápido na sequência e a moto partiu como um míssil acelerando forte rapidamente até uns 240 km/h. Não deu nem para o cheiro, no ponto alto da minha aceleração, o Audi passou por mim batido, muito mais rápido e abriu na frente. E ao chegar na curva, fez sem frear, deu-me um couro. Desisti na hora de perseguir, impossível alcançar.

Foi um destes… desta cor

Mais uma experiência destas, porque já tive outras. Meus amigos também. Diz o Paulo Garrido: “Uma vez, no retorno de Itaipava, pouco depois do reencontro do pedagio, um Mercedes C63 AMG chegou na gente. Até ali estávamos em ritmo de passeio rápido. Dali pelos próximos 10km virou corrida. Mas pqp, o Mercedão chegava nas curvas feito um kart. A gente virando a mão, freando o mais perto da curva possível e o Mercedes parecia que tava a 80%. Depois de uns minutos na brincadeira o cara afundou o pé e sumiu. Quem lembra? Eu tava de Benelli TNT 899S”

Já passei por isso inúmeras vezes. Eu tive um Audi A4 6 cilindros, aquele com motor de 5 válvulas por cilindro. Tinha apenas 195 CVs, mas tinha um ASR, controle de tração, incrível. Eu subia a Serra de Petrópolis com ele, muito mais rápido do que com as minhas motos. Até porque mesmo sendo perigoso nos dois veículos, na moto é muito mais e não dá para ficar explorando os limites na moto como se faz no carro. O que a moto acelerava mais rápido, era facilmente descontado nas freadas muito mais potentes, curtas e controladas do carro.

Mas o Audi TT RS não é um A4 com 195 CVs, ele tem um motor 2.5 TFSI com 400 CVs, tração integral e câmbio S-Tronic de 7 marchas. É outro departamento. Acelera mais do que as motos. Através do João Mendes, eu tive a oportunidade de pilotar um deles. Fizemos uma gravação e no intervalo eu acelerei o bicho… é inacreditável como o carro se comporta, como o carro soa, como o carro anda e faz curvas. Quando você acelera, o som que ele faz, a velocidade que ele atinge, abre meio que uma bolha espacial onde tudo fica meio esquisito… Todos páram para olhar a aproximação do carro, parece que levam um susto e você lá dentro parece que está em camera lenta… é uma sensação muito incrível!!!

Eu dirigindo o João Mendes com o “nosso” TT verde Lambo!!

Publiquei lá no grupo e o Antonio Cid me lembrou o dia em que suamos para acompanhar um Fiat Uno na Serra do Piloto. Sem escada no teto, kkkkkk. O cara devia ser local e meteu o pé sem frear em todas as curvas, elevando muito o nosso risco para ultrapassá-lo. Era um Uno, não era um TT, se acelerássemos nós o passaríamos, mas arriscando, kkkkkkk, ninguém quis arriscar e este rolé ficou para sempre marcado como o rolé do Uno brabo.

Bernardo e Gaúcho! Companheiros de rolé.

Então é isso. Não tentem correr contra carros realmente brabos, mesmo que você esteja de Ducati Panigale V4R, não dá. Porsches, Audis, BMWs, Mercedes, estes carros com 400 CV’s, turbos, tração integral e todos os auxílios eletrônicos, são grudados no chão, muito mais fáceis de pilotar no pau do que uma moto, deixem passar!!!!

Publicitário, Designer, Historiador, Jornalista e Pioneiro na Computação Gráfica. Começou em publicidade na Artplan Publicidade, no estúdio, com apenas 15 anos. Aos 18 foi para a Propeg, já como Chefe de Estúdio e depois, ainda no estúdio, para a Agência da Casa, atual CGCOM, House da TV Globo. Aos 20 anos passou a Direção de Arte do Merchandising da TV Globo onde ficou por 3 anos. Mudando de atuação mais uma vez, do Merchandising passou a Computação Gráfica, como Animador da Globo Computação Gráfica, depois Globograph. Fundou então a Intervalo Produções, que cresceu até tornar-se uma das maiores produtoras de Computação Gráfica do país. Foi criador, sócio e Diretor de Tecnologia da D+,depois D+W, agência de publicidade que marcou uma época no mercado carioca e também sócio de um dos primeiros provedores de internet da cidade, a Easynet. Durante sua carreira recebeu vários prêmios nacionais, regionais e também foi finalista no prestigiado London Festival. Todos com filmes de animação e efeitos especiais. Como convidado, proferiu palestas em diversas universidades cariocas e também no 21º Festival da ABP, em 1999. Em 2000 fundou a Imagina Produções (www.imagina.com.br), onde é Diretor de Animações, Filmes e Efeitos até hoje. Foi Campeão Carioca de Judô aos 15 anos, Piloto de Motocross e Superbike, mantém até hoje a paixão pelo motociclismo, seja ele off-road, motovelocidade e "até" Harley-Davidson, onde é membro fundador do Museu HD em Milwaukee. É Presidente do ForzaRio Desmo Owners Club (www.forzario.com.br) e criou o site Motozoo®, www.motozoo.com.br, onde escreve sobre motociclismo. Como historiador, escreve em https://olhandoacidade.imagina.com.br. Maiores informações em: https://bio.site/mariobarreto

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