Panigale Finalmente é Campeã do Mundo de SBK!!

Custou! Mas finalmente a Ducati Panigale pode dizer que é campeã do mundo de WSBK! Não muito antigamente isso era normal, a Ducati mandava no WSBK, mas não tem mais trouxa em lugar nenhum. Um tal de Gigi Dal’Igna botou a Aprilia prá vencer outra vez com um tal de Max Baggi, com Sylvain Guintoli, depois a penca de campeonatos de Rea e sua Kawa e finalmente o turco Toprak e sua Yamaha.

O espanhol Carlos Checa foi o último campeão com Ducati, de 1098R. Chegou a andar com a Panigale V2 em 2013, e estava bem, mas levou um super estabaco com ela e praticamente encerrou sua carreira.

Indiscutivelmente, para mim, a Ducati Panigale é a superbike mais incrível do mundo. Desde as V2. Um desenho avançado, soluções diferentes, claramente uma moto do futuro, principalmente se comparada com as Japonesas e seus quatro cilindros em linha bem tradicionais em desenho, engenharia e construção. Mas a Panigale também é uma moto limite, cara de  correr, complicada de acertar e principalmente nas V2, com uma faixa de uso estreita. Incrível o que conseguiu fazer o piloto Chaz Davies, o piloto que mais entendeu e que melhor correu com ela, que venceu muitas corridas com, mas não conseguiu ser campeão do mundo. A Panigale V2 por muito pouco não conseguiu ser campeã, uma desonra incrível por ser o único modelo de Ducati que não conseguiu.

Aí veio a Ducati Panigale V4, tão incrível quanto, as concorrentes ainda não conseguiram produzir uma moto tão avançada em design e equipamentos. E a Panigale V4 estreou no WSBK de forma avassaladora, vencendo 11 corridas seguidas, mas o mesmo Alvaro Bautista perdeu-se no meio da temporada e incrivelmente perdeu o campeonato para Rea. As explicações são muitas, uma combinação de coisas, mas depois Rea seguiu vencendo, Bautista saiu da Ducati para a Honda e agora, em sua volta, um outro Bautista, venceu e acabou com esta zica. Temos uma Panigale para chamar de campeã.

O ponto fraco da Ducati tem sido a administração de suas equipes e pilotos, sempre envolvidos em fofocas, demissões, promoções. Muitas vezes depreciados dentro da equipe, é um emprego difícil!!!

O novo Bautista é mais calmo, não tem promessas de voltar ao MotoGP, estava focado em ser campeão do WSBK, muito mais sensato. Pegou também uma Panigale mais evoluída. Sem abrir mão de suas melhor característica, MOTOR, a moto evoluiu para compensar as rotações que lhe foram tiradas em 2019, foi arredondada em todas as suas partes. Nunca será a bicicleta de Toprak, nunca ficará pronta rapidamente e boa para qualquer pista como a Kawa de Rea. A Panigale V4 é também uma moto limite, mesmo que não tanto quanto foi a V2.

Mudou também a Ducati Corse, que deu total apoio ao Bautista e também ao Bagnaia, sem fabricar crises. Finalmente entendeu que é necessário um conjunto para vencer. Não importa se a moto é a melhor, sem um piloto apoiado em cima dela, não ganha nada.

Não foi um campeonato fácil, mesmo ganhando com 1 etapa de antecedência. Rea não tem uma moto para ganhar, mas é o Rea. Toprak é um animal em cima da sua R1, veio com tudo na segunda metade do campeonato barbarizando. Mas o novo Bautista manteve-se calmo, concentrado no título, ganhando quando dava, sem arriscar demais, colecionando pontos. Foi um lindo campeonato.

Parabéns Alvaro Bautista, parabéns Ducati Corse. Ducati, Panigale, campeãs do mundo de WSBK, apenas 7 dias depois de serem campeões no MotoGP! Injustiças foram corrigidas, as Ducati já merecia ganhar estes dois títulos tem tempo!

 

Para a Fauna do Motociclismo.