A Catedral em 2019!

Tivemos hoje uma bela corrida. Rápida, imprevisível, com drama, com alegria e muita técnica.

As Yamahas estão mal no campeonato. Rossi caindo e andando atrás, estavam sem ganhar este ano. Mas já fizeram um monte de poles e são consideradas motos fáceis e boas de andar. O desempenho da nova equipe Petronas é muito bom. Quartararo sapecou mais uma pole e é sólido, talvez mais sólido do que Zarco. Morbidelli também está indo muito bem, ofuscado, mas também muito sólido.

Segundo os dados, elas são boas de velocidade em curva. É visível, depois da freada elas fluem quando deitadas, também trocam de lado com facilidade, sem ninguém na frente para atrapalhar no seu ponto fraco, a reaceleração, viram rápido demais.

Hoje a pista e as motos estavam ótimas, mas a de Quartararo vem apresentando, desde os treinos, um “wobbling” assustador. As causas para isso são várias e difíceis de precisar. Muito certamente a equipe poderia consertar. O problema devia ser como fazer isso sem perder velocidade na volta. Pareceu-me ser na traseira da moto, controlável com a mão no fundo. Para conquistar a pole a moto rabeou adoidado e o tempo veio. Mas na prova, com o pneu gastando, a rabeada foi aumentando até custar tempo. Viñales junto com Marc Marques não perdoaram. A prova foi técnica, com os pilotos andando rápido e muito colados na ponta. Vacilou, dançou!

Nestas horas em final de prova, as equipes de fábrica entregam motos mais acertadas, pois tem mais experiência e dados nos computadores.

Viñales é muito rápido, mas inconstante nos treinos e nas largadas. Ele tem um estilo similar ao de Lorenzo, mais para o suave, a Yamaha gosta disso. Quando está bem na pista, passa confiança, precisa de sequencia de resultados. A Yamaha precisa. Rossi está em inferno astral, alguma coisa o está perturbando, não consigo saber o que é ainda. Mudanças na moto e equipe para adequar a nova situação de ter 2 jovens demandando atenção? Talvez.

Mas se a Yamaha parece boa de curva, a Suzuki parece ainda mais sólida, mesmo não tendo conseguido poles. Não sei se é coincidência, são as duas com a configuração de motor com 4 em linha, são as duas mais suaves e rápidas de curva. Sendo que a Suzuki acelera melhor do que a Yamaha. Talvez esta geometria e distribuição de peso favoreça o comportamento em curva. Vou estudar. Rins vinha muito bem e certamente iria brigar pela vitória, uma pena ter caído. Joan Mir perdeu o rebolado quando na ponta, o bagulho é doido ali, piscou 1 segundo e foi passado por 3, pensou mais 1 segundo na merda que fez e foi passado pelas duas Ducatis. No final se recuperou e fez um ótimo resultado repassando-as novamente.*** – ESQUECI QUE ELE ERROU NO FINALZINHO, E FOI ULTRAPASSADO – O ANDRÉ BERTRAND, sempre ele, me avisou. DESCULPEM MEU ERRO.

A Ducati não estava nos seus melhores momentos. Yamaha e Suzuki cresceram, a Honda se mantém na mão de Marc e Dovi desanimou, Petrux teve que ficar comboiando e mesmo as outras motos, na mão de Miller e outros, não foram bem.

Sabem quem eu vi na pista hoje? Ianonne!!!! Caraca, eu tinha até esquecido que ele estava neste campeonato. A Aprilia precisa melhorar muito, assim como a KTM.

O dia estava lindo, a pista ótima, a corrida animada e a transmissão uma bosta. O diretor de imagem perdeu muita coisa, a largada deu problema técnico (não conseguiram sequer repetir), foi ruim e digno de nota negativa.

Parabéns Maverick Viñales e Yamaha, o dia foi de vocês.

Abraços e vamos para a próxima
Mário Barreto

Publicitário, Designer, Historiador, Jornalista e Pioneiro na Computação Gráfica. Começou em publicidade na Artplan Publicidade, no estúdio, com apenas 15 anos. Aos 18 foi para a Propeg, já como Chefe de Estúdio e depois, ainda no estúdio, para a Agência da Casa, atual CGCOM, House da TV Globo. Aos 20 anos passou a Direção de Arte do Merchandising da TV Globo onde ficou por 3 anos. Mudando de atuação mais uma vez, do Merchandising passou a Computação Gráfica, como Animador da Globo Computação Gráfica, depois Globograph. Fundou então a Intervalo Produções, que cresceu até tornar-se uma das maiores produtoras de Computação Gráfica do país. Foi criador, sócio e Diretor de Tecnologia da D+,depois D+W, agência de publicidade que marcou uma época no mercado carioca e também sócio de um dos primeiros provedores de internet da cidade, a Easynet. Durante sua carreira recebeu vários prêmios nacionais, regionais e também foi finalista no prestigiado London Festival. Todos com filmes de animação e efeitos especiais. Como convidado, proferiu palestras em diversas universidades cariocas e também no 21º Festival da ABP, em 1999. Em 2000 fundou a Imagina Produções (www.imagina.com.br), onde é Diretor de Animações, Filmes e Efeitos até hoje. Foi Campeão Carioca de Judô aos 15 anos, Piloto de Motocross e Superbike, mantém até hoje a paixão pelo motociclismo, seja ele off-road, motovelocidade e "até" Harley-Davidson, onde é membro fundador do Museu HD em Milwaukee. É Presidente do ForzaRio Desmo Owners Club (www.forzario.com.br) e criou o site Motozoo®, www.motozoo.com.br, onde escreve sobre motociclismo. É Mestre em Artes e Design pela PUC-Rio. Como historiador, escreve em https://olhandoacidade.imagina.com.br. Maiores informações em: https://bio.site/mariobarreto

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