Festival Interlagos 2025

E estou aqui em São Paulo, vim para o Festival Interlagos, que é muito bacana para quem gosta de motocicletas. Este ano preparei-me melhor, credenciei-me, ao contrário do ano passado quando vim quase que no susto, empurrado pelo Rogério Botelho.

O evento é sensacional e foi inovador em seu formato, pois mistura um salão de motos ao ar-livre nos boxes, com atividades na pista e trocentas outras, também ao ar livre na grande área interna do autódromo. Tem pista de Arena Cross, áreas para teste drives, shows de música, outras atrações e até uma linda roda gigante. É tudo muito confortável é impressionante.
Andei até dar câimbra nas pernas e, sinal dos tempos, encontrei poucos amigos, em uma área onde eu conhecia todo mundo.

Recomendo prá geral. Você passeia vendo motos de um lado, acessórios e roupas do outro, equipamentos, ouvindo o pau cantar na pista. Pois é, este é talvez o principal diferencial do evento, que bolou um formato onde você paga e vai para a pista de Interlagos com a moto que escolher, não é sensacional?

Este ano a Triumph me convidou para andar de Daytona mas não vou aproveitar porque não quis viajar carregando capacete e equipamento, mas adorei o convite. É aquela máxima… “Evento que não me convida, não merece a minha presença!”
Em 2025, como eu disse, preparei-me melhor (menos fisicamente), fui bem tratado no meio do Mar de Influencers que agora habitam qualquer ambiente, recebi convites, vi um monte de motos incríveis, encontrei alguns amigos e no final, escrevi esta coluna.

Vá lá! É bacana.

E como diria Jack, o Estripador, vamos por partes:

Vespa

Vocês sabem que eu sou vespeiro, papai foi lambreteiro e eu adoro elas. Estão tentando novamente no Brasil, depois de fracassadas e frustrantes tentativas anteriores. O grupo atual parece sério e bem capitalizado, mas as vespinhas estão muito caras. Lindas e boas, e com este preço, artigos de muito luxo. Veja que belezinhas:

A Royal Enfield vive um momento muito bom no Brasil e no mundo, com novos modelos e vendendo bem. Começaram muito vagabundas, mas baratas e como venderam bem, parece que ganharam dinheiro e prestígio para irem melhorando o acabamento. Ainda não é o melhor acabamento, mas o design e investimentos já estão em outro patamar:

O box da Ducati esta bem cheio, mas sem novidades. Levaram uma Streetfighter Lamborghini, que eu acho feia e mostraram a Hypermotard. O DocRio estava presente.

A Honda tem lá um box imenso, afinal, eles tem o maior negócio em motocicletas no Brasil e no mundo. Mas sem muitas novidades. Vi a nova CRF300.

A CFMotos é chinesa, mas apresentou motos bem construídas, com um design original, produtos com boa qualidade de construção. Eu curti muito:

Já a Moto Morini me decepcionou ao vivo. Não usam o motor em V que fez as Morini famosas, o motor inclusive, disse-me o Ludman, é Kawasaki. Achei o acabamento ruim, tipo as primeiras Royal Enfield e, para culminar, quando ligou o painel de uma delas, acendeu em chinês. As motos são bonitas, mas ficou claro que de Morini não tem quase nada, só o nome:

A Shineray esta presente com as suas motos e apresentou uma marca nova, a SBM, que mistura designs evidentemente “chupados” de outras fábricas, mas que tem um acabamento melhor. Não sei muito o que falar delas, achei no mínimo curiosas:

A Suzuki, presente mas sem maiores novidades:

A Triumph está com uma linha de motos muito bacana e construindo uma comunidade de motociclistas no estilo de lealdade das Harleys. Motos boas, bem construídas, acessórios, boas revendas, eventos, me convida para andar de Triumph, kkk, os caras estão fazendo um bom trabalho, acho que ninguém duvida:

Não estou emocionado com as motos da Kawasaki e Yamaha. Tirei umas fotos da nova Ténéré, mas elas ficaram no outro telefone e acabou a bateria dele…

Eu curto as Bajajs, agora a toda poderosa dona da KTM. Testei aqui no Motozoo uma Dominar 400 e adorei. Proprietários reclamam que faltam peças de reposição, mas eu acho que elas são o melhor custo benefício em motos no Brasil:

Muitos me ligam apenas as motos italianas, por eu ter motos italianas tem muito tempo, por ter sido Presidente do DOC e ainda ser Presidente do ForzaRio. Mas eu sou também harleyro de coração, ex-membro dos HOGs do Rio e dos EUA. Sou inclusive membro fundador do Museu da Harley em Milwakee. Só não tenho mais Harley Davidson porque não tenho dinheiro para isso. Eu adoro elas.

A BMW não ficou nos boxes, e montou um estande “lá embaixo”.

E foi isso, para que gosta de motos, vale cada centavo. Parabéns a Duas Rodas e ao Marcio pela competência na criação, montagem e operação deste mega evento.

Depois de sair o Carloa Ludman me encharcou de bons vinhos e cheguei em casa bêbado, morto de cansado e com muito mais cultura sobre este suco espremido de uvas. Vejam abaixo mais algumas fotos. Obrigado por lerem minhas colunas!

Publicitário, Designer, Historiador, Jornalista e Pioneiro na Computação Gráfica. Começou em publicidade na Artplan Publicidade, no estúdio, com apenas 15 anos. Aos 18 foi para a Propeg, já como Chefe de Estúdio e depois, ainda no estúdio, para a Agência da Casa, atual CGCOM, House da TV Globo. Aos 20 anos passou a Direção de Arte do Merchandising da TV Globo onde ficou por 3 anos. Mudando de atuação mais uma vez, do Merchandising passou a Computação Gráfica, como Animador da Globo Computação Gráfica, depois Globograph. Fundou então a Intervalo Produções, que cresceu até tornar-se uma das maiores produtoras de Computação Gráfica do país. Foi criador, sócio e Diretor de Tecnologia da D+,depois D+W, agência de publicidade que marcou uma época no mercado carioca e também sócio de um dos primeiros provedores de internet da cidade, a Easynet. Durante sua carreira recebeu vários prêmios nacionais, regionais e também foi finalista no prestigiado London Festival. Todos com filmes de animação e efeitos especiais. Como convidado, proferiu palestras em diversas universidades cariocas e também no 21º Festival da ABP, em 1999. Em 2000 fundou a Imagina Produções (www.imagina.com.br), onde é Diretor de Animações, Filmes e Efeitos até hoje. Foi Campeão Carioca de Judô aos 15 anos, Piloto de Motocross e Superbike, mantém até hoje a paixão pelo motociclismo, seja ele off-road, motovelocidade e "até" Harley-Davidson, onde é membro fundador do Museu HD em Milwaukee. É Presidente do ForzaRio Desmo Owners Club (www.forzario.com.br) e criou o site Motozoo®, www.motozoo.com.br, onde escreve sobre motociclismo. É Mestre em Artes e Design pela PUC-Rio. Como historiador, escreve em https://olhandoacidade.imagina.com.br. Maiores informações em: https://bio.site/mariobarreto

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