Bem galera, após comparecer ao Encontro de Penedo, subi a serra para Visconde de Mauá. Sei que fica bom de noite no evento, com os shows de rock, mas só é possível para quem está hospedado em Penedo, pois pode deixar as coisas no hotel e ir a pé curtir o Rock-in-Roll. É inclusive um dos motivos do sucesso deste evento, pois as mulheres curtem esta social também. De todos estes anos eu só fui uma única vez, em todas as outras eu voltei para o Rio ou fui para Visconde de Mauá.
Reservei pelo Booking uma pousada pelo preço e visual, na região de Pedra Selada. Adorei, uma casinha bem bacana e bem baratinha, 300 reais. Quarto e sala, mas cabem 4, pois pode-se usar a sala para dormir. Visual estonteante, mas um pouquinho distante de Maringá. Joana chegou bem cansada e capotou na cama. Fiquei acordado fotografando e arrumando as coisas, poucas, levamos apenas 1 mochila, sou adepto do travel light, ainda mais de moto.
De noite, resolvemos ir jantar em Maringá, um clássico maravilhoso mas a moto não acendeu o farol… Eu fico puto com todas as motos (hoje em dias todas né, é lei) que não permitem que vc controle o farol como quer, não tem botão de acender e apagar o farol… No maior breu, tivemos que ir e voltar seguindo o farol de carros. Os motoristas ficaram todos boladões, pois uma dupla de moto toda apagada te seguindo não deve ser a sensação mais gostosa. Jantamos deliciosamente ao som de um ótimo saxofonista, comida boa, som bom, e a Joana é muito agradável, mesmo sendo minha filha… vejam vocês, certamente puxou a mãe.
Na volta, novamente seguindo o farol de carros, só que mais tarde da noite e os motoristas mais grilados. O último entrou em uma fazenda perto da pousada e tivemos que continuar com a luz da lanterna do iPhone!! Funcionou!!! E estava uma lua cheia.
Antes de dormir eu fui estudar o manual da moto e localizei a caixa de fusíveis e um fusível alvo, que poderia estar queimado. Acordei cedo, desmontei a moto e Pimba!! Estava lá o fusível número 2, 15A, torrado. Felizmente a moto tem nesta caixinha uns fusíveis reservas. O de 15A reserva já estava queimado, o que pode talvez indicar que este problema já ocorreu antes. Coloquei um de 20A. Para testar tem que ligar a moto, porque eu resolvi viajar com a ECU Microtec de Bimota e ela não liga o farol sem antes ligar a moto.
Esta ECU deixa a moto muito gostosa de andar, mas ao custo de fazer 12 km/l (DOZE) na estrada e de dificultar muito a partida a moto. Com a temperatura a 8 graus, o motor ficou super pesado, o que somado a falta de uma estratégia de partida eficiente da Microtec, fez pesar a partida e torrar o fusível principal da moto. SACO!!! Fui abri para consertar e vi que o Cidão estava usando um fusível de 10A quando na caixa deste fusível está escrito bem grande 30A! Desgraçado!!!!
Consegui um fusível com o sitiante, mas de 10A, pois o que estava na moto se quebrou todo, engatilhei com um pedaço de fio, criando ali na hora um fusível de provavelmente 50A, kkkkkk. E pau na máquina.
Resolvi voltar “por cima”, cruzando a Serra da Mantiqueira usando estradas de terra, cruzando fazendas, uma região muito linda. Existem vários caminhos possíveis, já fiz alguns que passam por Bocaina de Minas, Mirantão… mas este, que o App Mapas do iPhone fez para mim, foi para a cidade mineira de Liberdade, sem passar por nenhuma outra cidade. Subi e desci uns 3 morros, todos lindos, com a estrada de terra seca, algumas vezes com pedras, muito boas para uma moto trail, mas péssimas para a Hypermotard do Cidão. Tive que ir lentamente, com muito cuidado e a Joana revelou-se excelente garupa.
Faltando 3 kms para chegar em Liberdade, a moto parou por excesso de ar no tanque de combustível, o que alguns chamam de falta de gasolina ou pane seca!! Quando queimou o fusível principal da moto, ela zerou o painel e eu perdi o controle de quilometragem, algo super importante em uma moto que estava fazendo 12 km/l… Paramos um golzinho que ia passando com uma família e pedimos ajuda. Eles gentilmente levaram a Joana ao posto, emprestaram um galão de 5 litros e a trouxeram de volta. Salvos!!
Esta estrada em que paramos é de asfalto mas parece que foi bombardeada pela aviação israelense… toda esburacada. Depois de Liberdade pegamos uma estrada melhor para finalmente pegar a Rodovia Vital Brasil – trecho da BR-267. Almoçamos na Estrada e finalmente pegamos a BR-40 na altura de Juiz de Fora, descendo em pista dupla até o Rio de Janeiro.
Foram 361 kms, chegamos mortos e com a bunda doendo, mas foi um dos melhores Dia dos Pais que passei na minha vida, pois passei o dia com minha filha Joana, andando de moto por lugares lindos. E de noite ainda fomos filar um churrasquinho na casa da minha outra filha, Júlia.
Agradeço a todos que me desejaram um ótimo Dia dos Pais… foram atendidos!!!!





