Pois é amigos, durante um período ficamos escutando que o Diogo Moreira estava sendo cotado pela Yamaha para assinar um contrato, mas em pouco tempo a Honda se apresentou e acabou levando o piloto brasileiro. Dizem que em um contrato à moda antiga, quando o novato subia para a equipe satélite, para só depois ter a chance de pilotar a moto da equipe oficial. Assim parece ser o contrato do Diogo, um ano na LCR com Zarco, e depois, o … droga, eu ia escrever Manto Sagrado da Repsol, que vestiram Doohan, Rossi, Hayden, Stoner e Marc Marquez, mas que agora não existe mais. Não temos mais manto sagrado.
Eu achei muito melhor para ele. Na Yamaha ele seria no mínimo a última palavra na equipe, pois teríamos na frente dele um tal de Fabio Quartararo e como companheiro de equipe uma parada mais do que dura, o turco Toprak Razgatlıoğlu. E Toprak também aprendendo a M1, e que na verdade irá mudar completamente, ou para a nova V4 ainda sem nome, ou para a nova 800cc de 2027. Não que eu não bote fé no talento do Diogo para enfrentar estas feras e aprender as motos novas, mas vamos comparar com a Honda…
Na Honda já temos hoje um lugar que está mal ocupado, a posição de Somkiat Chantra, que não está performando bem. Aliás, nunca performou. Os outros pilotos não estão em fase tão boa, como o campeão Joan Mir ou o irmão do Rossi, Luca Marini. Zarco não pode ser considerado como futuro, é “velho”, mas pode ser um excelente professor e referência para o Diogo na LCR.
Além disso, a Honda parece estar melhorando mais do que a Yamaha, que apesar de ser rápida, apenas nas mãos do Quartararo, tem sofrido na mão dos outros pilotos. A Honda tem inclusive uma vitória com Zarco este ano, e está bem na frente da Yamaha no campeonato de construtores. Joan Mir é muito azarado, tem corrido um pouco melhor, mas não chega no fim das provas, e Marini voltou de seu acidente mais “esperto”, andando rápido também e surpreendendo-me. Parece que o capote fez bem para ele!!
E por último, certamente tivemos o apoio da Honda Brasil, que apoiou muito o Eric Granado, tem no Brasil uma grande fábrica e uma liderança de mercado atípica. Não li em lugar nenhum que a Honda Brasil fez força ou pingou algum dindim na equação, mas com o fato do Brasil voltar ao circuito mundial de GPs certamente ajudou.
Moreira falou sobre isso:
“If I move up to MotoGP, it’s because I’m performing well; [my nationality] doesn’t matter. It will be because I twist the throttle, not because of the [Brazilian] flag,”
Tem razão, mas está virando o acelerador na hora certa, na hora que o Brasil volta ao circuito mundial. Pode não ter sido fundamental, mas ajudou.
Sobre a Yamaha ele também falou:
“They simply lend me the bikes for training, and I return them at the end of the season.”
Desmentindo que ele teria fortes laços com a marca dos 3 diapasões.
Foi bom para o Jack Miller, que estava com a batata assando na Pramac Yamaha, menos um concorrente para a vaga. Miguel Oliveira, que tem melhorado muito pouquinho, parece carta fora do baralho, embora ele tenha um contrato de 2 anos, e o Miller não.
Finalizando então, digo que a escolha da Honda foi a melhor possível para o brasileiro Diogo Moreira, que terá o status de piloto de fábrica, pago pela fábrica, suportado pela fábrica, para correr na equipe satélite. E, com garantias de subir para a equipe oficial, em um contrato de 3 anos.
Melhor, no momento, impossível.