Todos os posts de Mário Barreto

Publicitário, Designer, Historiador, Jornalista e Pioneiro na Computação Gráfica. Começou em publicidade na Artplan Publicidade, no estúdio, com apenas 15 anos. Aos 18 foi para a Propeg, já como Chefe de Estúdio e depois, ainda no estúdio, para a Agência da Casa, atual CGCOM, House da TV Globo. Aos 20 anos passou a Direção de Arte do Merchandising da TV Globo onde ficou por 3 anos. Mudando de atuação mais uma vez, do Merchandising passou a Computação Gráfica, como Animador da Globo Computação Gráfica, depois Globograph. Fundou então a Intervalo Produções, que cresceu até tornar-se uma das maiores produtoras de Computação Gráfica do país. Foi criador, sócio e Diretor de Tecnologia da D+,depois D+W, agência de publicidade que marcou uma época no mercado carioca e também sócio de um dos primeiros provedores de internet da cidade, a Easynet. Durante sua carreira recebeu vários prêmios nacionais, regionais e também foi finalista no prestigiado London Festival. Todos com filmes de animação e efeitos especiais. Como convidado, proferiu palestras em diversas universidades cariocas e também no 21º Festival da ABP, em 1999. Em 2000 fundou a Imagina Produções (www.imagina.com.br), onde é Diretor de Animações, Filmes e Efeitos até hoje. Foi Campeão Carioca de Judô aos 15 anos, Piloto de Motocross e Superbike, mantém até hoje a paixão pelo motociclismo, seja ele off-road, motovelocidade e "até" Harley-Davidson, onde é membro fundador do Museu HD em Milwaukee. É Presidente do ForzaRio Desmo Owners Club (www.forzario.com.br) e criou o site Motozoo®, www.motozoo.com.br, onde escreve sobre motociclismo. É Mestre em Artes e Design pela PUC-Rio. Como historiador, escreve em https://olhandoacidade.imagina.com.br. Maiores informações em: https://bio.site/mariobarreto

Teste Diavel Carbon

Meus amigos,

Conforme prometi no teste Motozoo® anterior, o da Hyperstrada, vou escrever agora sobre a Diavel Carbon, que também pegamos com a Ducati em São Paulo. O Secretário do ForzaRio DOC, Fernando Meirelles, foi comigo até Interlagos, e voltamos juntos pela estrada, trocando de motos e de impressões.

Fernando e a Diavel Carbon
Fernando e a Diavel Carbon

Quando a Ducati não pôde dispor da Hypermotard SP para o teste, ela perguntou qual seria o outro modelo que eu gostaria de testar e sem titubear pedi uma Diavel. Temos alguns membros do grupo com Diavel, a Ducati Rio tem uma Diavel para teste drive, mas incrívelmente, eu nunca tinha pilotado uma. Foi oferecido o “ride” diversas vezes, mas por um motivo ou outro, nunca rolou. Agora iria rolar.

Muitos torceram o nariz quando a Ducati apresentou esta moto. Eu não, achei corajoso entrar nesta área com uma moto diferente de todas as outras e sei que, nos dias de hoje, só uma linha mais completa de motocicletas é capaz de sustentar uma marca. Uma cruiser brava, motor realmente forte, pneu enorme na traseira e um jeitão de V-MAX. É uma Muscle Bike, embora a Ducati queira se afastar deste nome, para a Ducati é uma Cruiser. O fato é que fazendo apenas Monster’s e Panigale’s, a Ducati não iria crescer as suas vendas e ter dinheiro para se financiar. Por isso a linha cresceu e vai crescer ainda mais. É um modelo com vendas bem sucedidas.

Pneuzão da Diavel
Pneuzão da Diavel

Bem, mas voltando para a Diavel, a moto impressiona em sua construção, é bem feita, com peças caras, é grande, chama uma atenção enorme. “É a moto do Batman!”, gritam as crianças. “Nossa! qual é a cilindrada?”, perguntam os frentistas. Ele eclipsou completamente a Hyperstrada, tadinha, que é linda, é hyper, mas no quesito “presença” perde feio.

Até o Frango Assado da Carvalho Pinto, eu vinha só olhando a bruta e então pedi para trocar de moto com o Fernando. Finalmente eu iria andar de Diavel.

Confesso que a primeira impressão foi esquisita. A posição de pilotar completamente diferente, a suspensão traseira rígida, a falta de proteção aerodinâmica…demorei até achar um equilíbrio.

O maior receio de quem olha a Diavel é de que ela não curve bem, por conta do pneuzão, e por conta de que a V-Max era horrível neste quesito. Fiquem tranquilos, a Diavel faz curvas perfeitamente e sem fazer nenhuma força. Aliás, ela não faz força para nada, esta moto é puro motor. É forte demais. Já mais tarde na Dutra, saí de um abastecimento e decidi acelerar tudo mesmo, preparei-me para uma possível empinada. Mas a Diavel não anda prá cima… ela só anda prá frente. Sua distribuição de peso e o seu comprimento fazem com que ela acelere com uma pressão tal, que me deu um início de tontura. Sério, meu cérebro deu uma esmagada daquelas que tonteiam. É uma aceleração estúpida. São 164 cv’s.

Ela tem muito mais motor do que qualquer outra coisa, então não é fácil correr com ela nas velocidades que o motor empurra. E deve ser por isso que ela é dura de suspensão traseira, para não balançar nas curvas. E ela não balança, mas não é gostoso entrar com ela correndo muito nas curvas. Com o tempo de estrada eu encontrei uma maneira de andar rápido, um equilíbrio de acelerador e achei que o piloto tem que desenvolver uma tocada com atitude mais para a roda dianteira. No meu caso o feedback cresceu e a dureza melhorou ao passar pelos buracos “tirando a mão”, transferindo mais peso para a frente na hora das batidas. E nas curvas também, chegando no apex sem aceleração, deixando para afundar a mão quando a moto já está quase em pé de novo.

Chegando no Rio, e andando com ela por aqui, a estranheza do contato inicial já tinha sumido, mas nunca me vi comprando uma Diavel para o meu uso. É linda demais, é forte demais, mas é esportiva de menos, mesmo com um motor fortíssimo.

O cockpit é muito bacana, com os dois painéis digitais, embora eu sem óculos não enxergue mais os números menores. Outros repórteres reclamaram que ela não tem indicador digital de marchas, mas a minha, se tivesse, eu não conseguiria enxergar, hahahaha.

Os freios, uma beleza. O som, uma beleza. Quem quer uma moto boa, que chame muita atenção, com todo o prestígio de ser uma Ducati, fortíssima mas que não queira correr como um piloto, pode achar na Diavel a sua moto.

Os donos que eu conheço amam suas Diavel’s e a comunidade é mundial é bem ativa. Mas aviso, ela não gosta de buracos.

Abraços

Mário Barreto

Diavel curtindo a praia
Diavel curtindo a praia

 

Dupla dinâmica
Dupla dinâmica

 

Diavel curtindo praia 2
Diavel curtindo praia 2