Teste Honda CB250F – Twister

Meus amigos, estou tendo a oportunidade de testar com calma a Honda Twister, ou CB250F. Antigamente, não sei se ainda é assim, as motos européias eram identificadas pelo modelo + cilindrada, mas o mercado americano pedia nomes…. Assim as ZX são Ninjas, temos Yamahas Genesis, Hondas Interceptors. Aqui no Brasil acho que é misturado.

Convidado pela Honda a testar a CB250F, fiquei amarradão. Acho que 250cc já escapa da cilindrada de “perereca”, é uma moto pequena, mas moto, completa. Não entendo assim tanto das Hondas 250 para poder dizer com precisão tudo o que tem mudado nesta moto. Mas sei que o resultado é muito, muito bom.

Bonita né? Bem proporcional, pouco Jaspion.

A Honda vem fazendo este tipo de moto tem mais de 50 anos, ela sabe tudo disso, a moto é extremamente “polida” e refinada. Eles sabem e já testaram de tudo nelas. O acabamento é primoroso, com plásticos de excelente qualidade, pouquíssimos parafusos à mostra, pintura bonita, cabos passando por lugares discretos. É bem bonita, é pequena, mas as abas laterais do tanque projetam-se dando um tamanho razoável, eu nunca me senti em uma moto magrela. É compacta, moderna, bem construída.

Do outro lado, com a descarga em evidência.

Subi, na moto, encaixei ótimamente no banco, liguei. Apertei a embreagem e quando coloquei a primeira é até estranho.. a embreagem é tão suave, o clique tão certinho e o cambio fica completamente isolado do motor com a embreagem apertada. A moto não dá um tranquinho sequer, nem um filhote de tranquinho. Faz click apenas e está de primeira. Que suavidade. O acelerador também é bem macio e a moto sai com com suavidade total. som baixo, ronquinho discreto (eu gosto de motos silenciosas).

Sai firme. O motor tem 4 válvulas, um volante leve (o motor morre fácil se vacilar com a embreagem) e é muito bem contrabalanceado. Vibra pouco, os espelhos não tremem nunca. Lisinha, nem parece monocilindro. No início achei que o motor enchia rápido até 100 km/h, ficando preguiçoso depois. Com o tempo, com uma viagem e um couro, tudo melhorou. É uma 250 cc, com 22.5 Cv’s, não é um foguete. É aquilo, não anda muito, mas anda muito bem. Dá para viajar a 110 km/h. O motor podia é ter um cabeçote mais bonito. O consumo é sensacional, está fazendo 38(!) na cidade e na estrada, sendo esgoelada, 30 Km/h, não é incrível? Injeção muito bem mapeada.

O motor, e bem feito, o cabeçote podia ser mais bonito, agressivo.

As suspensões são firmes. A traseira não tem mais os links progressivos, o amortecedor tem 2 molas e é ancorado direto na balança. Funciona bem demais. Estou pesado e a moto nunca bateu fim de curso, mesmo com garupa. Para este tipo de moto o Pro-Link pode ser dispensado sem dó. Os pneus são ótimos Pirelli Diablo Corsa, radiais, um luxo para uma 250. A moto fica ágil com eles, com bom apoio no ombro, bem neutra, mas achei que demoram a esquentar e que se comunicam pouco com o piloto. Talvez seja o caso de esvaziar um pouco a calibragem para produzir um pouco mais de calor e Feedback. Não é fácil esquentar pneus bons com uma moto tão leve e com apenas 22 cv’s.

Esta moto é oferecida em dois acabamentos, com ABS e com Combi Brake. Estou com a Combi Brake e é bem confortável de usar. No couro, correndo,  seria melhor não ter, prefiro o controle total, e não dá para desligar. Os tubos são bem discretos e eles colocaram o sistema bem centrado, escondido entre o motor e a balança, muito bem transado.

Os tubinhos do Combi Brake

Enfim, estou adorando. Fiz uma viagem de 300 kms e cheguei inteiro, me diverti. A iluminação agora usa piscas e lanternas em LED e a única coisa que não gostei foi da iluminação do painel. De dia OK, de noite OK, mas no túnel e em condição de fim de dia, a visibilidade é ruim. E agora vem com computador de bordo, de onde eu estou tirando o consumo.

O painel é bacana mas as vezes a leitura complica.

É bi combustível mas não rodei com álcool. Por falar nisso, a tampa do tanque de combustível é linda, nunca vi uma tampa e bocal tão bem feitos, nem em motos que custam 10x mais.

Tudo LED

Curtam aí as fotos e um vídeo dela subindo a Serra Verde Imperial.
https://www.youtube.com/watch?v=QgCxkFSE5nY

Abraços
Mário Barreto

Publicitário, Designer, Historiador, Jornalista e Pioneiro na Computação Gráfica. Começou em publicidade na Artplan Publicidade, no estúdio, com apenas 15 anos. Aos 18 foi para a Propeg, já como Chefe de Estúdio e depois, ainda no estúdio, para a Agência da Casa, atual CGCOM, House da TV Globo. Aos 20 anos passou a Direção de Arte do Merchandising da TV Globo onde ficou por 3 anos. Mudando de atuação mais uma vez, do Merchandising passou a Computação Gráfica, como Animador da Globo Computação Gráfica, depois Globograph. Fundou então a Intervalo Produções, que cresceu até tornar-se uma das maiores produtoras de Computação Gráfica do país. Foi criador, sócio e Diretor de Tecnologia da D+,depois D+W, agência de publicidade que marcou uma época no mercado carioca e também sócio de um dos primeiros provedores de internet da cidade, a Easynet. Durante sua carreira recebeu vários prêmios nacionais, regionais e também foi finalista no prestigiado London Festival. Todos com filmes de animação e efeitos especiais. Como convidado, proferiu palestas em diversas universidades cariocas e também no 21º Festival da ABP, em 1999. Em 2000 fundou a Imagina Produções (www.imagina.com.br), onde é Diretor de Animações, Filmes e Efeitos até hoje. Foi Campeão Carioca de Judô aos 15 anos, Piloto de Motocross e Superbike, mantém até hoje a paixão pelo motociclismo, seja ele off-road, motovelocidade e "até" Harley-Davidson, onde é membro fundador do Museu HD em Milwaukee. É Presidente do ForzaRio Desmo Owners Club (www.forzario.com.br) e criou o site Motozoo®, www.motozoo.com.br, onde escreve sobre motociclismo. Como historiador, escreve em https://olhandoacidade.imagina.com.br. Maiores informações em: https://bio.site/mariobarreto

3 comentários em “Teste Honda CB250F – Twister”

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