Salão Moto Brasil 2017

Galera, curti o Salão, como sempre curto. Cliquem nas fotos para vê-las aumentadas.

Pensei em escrever um texto enorme sobre o comportamento dos cariocas, mas lembrei que já escrevi sobre isso antes. É só ler a introdução dos posts do ano passado em https://www.motozoo.com.br/?p=1267, ou em 2013 aqui https://www.motozoo.com.br/?p=303.

A mesma lenga lenga. Parece que o carioca vem desde o Império acostumado com a idéia que mais importante do que trabalhar, investir, é ser amigo do Rei. E por ser amigo do Rei ele quer ganhar ingressos, privilégios e não trabalhar. Porém, em 1889 o Rei foi banido para Paris, substituído por um Presidente que também não está mais por aqui desde 1960. São 57 anos sem Imperador, Presidente ou Côrte por aqui, mas o carioca continua se comportando como se nobre fosse. Reclamando de tudo e todos, e não faz a parte dele, que é a de participar, comparecer, apoiar e minimamente pagar a entrada de um evento que tem tudo para ser legal. E é. Mas seria muito mais se mais gente acreditasse nele.

Passo a semana escutando absurdos sobre o tamanho, sobre a qualidade do Salão, sobre o preço do ingresso e outros blá blá blás furadíssimos de gente que se acha Nobre e que por isso só frequenta eventos “realmente importantes”, do “seu nível”, e se ganhar ingresso. Talvez por isso as coisas aqui só diminuem.

O Salão é maneiro, tem ótimo astral, é organizado, é espaçoso, vc sempre pode chegar perto para ver as motos, em alguns estandes subir nas motos para testar. Tem a atenção dos expositores, meninas lindas, muitos amigos, rock’n roll, boa comida.

Acho até que os organizadores fazem milagre em perseverar com o evento diante de um cenário no mínimo desanimador.

Este ano mudaram o pavilhão e ficou muito bom, muito confortável. A Honda presente com sua linha, mesmo que incompleta, levou a belíssima Africa Twin e uma CRF 450 de Rallye sensacional. A Harley  montou um estade grande, com muito rock e bem visitado.

A BMW, Indian e a Triumph também levaram muitas motos e tiveram seus estandes bem cheios. A Kawasaki, Suzuki e Yamaha levaram as motos mas colocaram plásticos de “vendidas” em cima de todas as motos, proibindo que as pessoas provassem as motos. Acho isso o maior vacilo, pois o público gosta de subir nas motos. Se a BMW e a Triumph, com motos mais caras permitem, porque elas não podem fazer o mesmo? Das marcas grandes, infelizmente apenas a Ducati não deu o ar de sua graça. Uma pena, mas eles nunca acreditaram neste evento. Ou em qualquer outro.

Além dos fabricantes tinham também as lojas de acessórios e roupas, sempre lotadas, os estandes de Motoclubes e alguns outros.

Para o meu gosto a atração principal é o Bike&Art Show, mais uma vez muito bem organizado pelo Lord, onde podemos ver o alto nível dos nossos customizadores. Sinto falta apenas de mais customizações de motos que não sejam Harley’s, que dominam os trabalhos. A moto do Fazzi, que foi a vencedora do voto popular, é muito bem feita, mas todas merecem destaque. O nível estava altíssimo.

Na eleição da Gata do Salão deu bicampeonato. Venceu a inoxidávelmente linda menina do ano passado. Ela é hours concours, não pode concorrer, não tem para ninguém

(a foto não faz justiça ao desempenho ao vivo!)
(a foto não faz justiça ao desempenho ao vivo!)

Vejam as fotos preguiçosas que tirei, e desde já preparem-se para o Salão do Ano que vem. Temos que ir, temos que convencer os amigos, temos que fazer o nosso Salão grande. Depende também de nós.

Abraços

Mário Barreto

 

Publicitário, Designer, Historiador, Jornalista e Pioneiro na Computação Gráfica. Começou em publicidade na Artplan Publicidade, no estúdio, com apenas 15 anos. Aos 18 foi para a Propeg, já como Chefe de Estúdio e depois, ainda no estúdio, para a Agência da Casa, atual CGCOM, House da TV Globo. Aos 20 anos passou a Direção de Arte do Merchandising da TV Globo onde ficou por 3 anos. Mudando de atuação mais uma vez, do Merchandising passou a Computação Gráfica, como Animador da Globo Computação Gráfica, depois Globograph. Fundou então a Intervalo Produções, que cresceu até tornar-se uma das maiores produtoras de Computação Gráfica do país. Foi criador, sócio e Diretor de Tecnologia da D+,depois D+W, agência de publicidade que marcou uma época no mercado carioca e também sócio de um dos primeiros provedores de internet da cidade, a Easynet. Durante sua carreira recebeu vários prêmios nacionais, regionais e também foi finalista no prestigiado London Festival. Todos com filmes de animação e efeitos especiais. Como convidado, proferiu palestas em diversas universidades cariocas e também no 21º Festival da ABP, em 1999. Em 2000 fundou a Imagina Produções (www.imagina.com.br), onde é Diretor de Animações, Filmes e Efeitos até hoje. Foi Campeão Carioca de Judô aos 15 anos, Piloto de Motocross e Superbike, mantém até hoje a paixão pelo motociclismo, seja ele off-road, motovelocidade e "até" Harley-Davidson, onde é membro fundador do Museu HD em Milwaukee. É Presidente do ForzaRio Desmo Owners Club (www.forzario.com.br) e criou o site Motozoo®, www.motozoo.com.br, onde escreve sobre motociclismo. Como historiador, escreve em https://olhandoacidade.imagina.com.br. Maiores informações em: https://bio.site/mariobarreto

2 comentários em “Salão Moto Brasil 2017”

  1. Grande Mário Barreto!
    Obrigado pelos elogios ao nosso pedaço do salão, que fazemos com tanto carinho.
    E você está mais que certo, o carioca tem que prestigiar, tem que participar, tem sim que PAGAR INGRESSO. A bilheteria é fundamental para a viabilidade do evento.
    Não se justifica a pseudo-malandragem de gente que se diz “do meio” ficar usando subterfúgios para entrar de graça, pelos fundos, “furando a festa”.
    Mais uma vez obrigado pelas palavras simpáticas, são caras com sua visão que nos dão ânimo para prosseguir.
    Grande abraço,

    Lord.

  2. Palavras muito pertinentes. Carioca só quer saber de ingresso grátis e mordomia. Parece uma cidade de VIPs. O salão é um momento para encontrar as pessoas do meio, um super encontro de várias tribos. Para o momento atual foi muito bom que o evento acontecesse e que siga sua história em 2018.

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